Internationale Bachakademie interpreta versão original de ‘O messias’, de Händel

por Redação CONCERTO 26/10/2024

A International Bachakademie Stuttgart e Gaechinger Cantorey, grupos que estão no topo da lista de mais importantes conjuntos dedicados à música antiga em todo o mundo, retornam a São Paulo para quatro apresentações no Teatro Cultura Artística. Nos dias 27, 28, 30 e 31, os concertos terão a versão original de O messias, de Händel.

A regência será do atual diretor Hans-Cristoph Rademann, que substituiu Helmut Rilling, criador do conjunto, no posto. Dedicada em especial à obra de Bach, a International Bachakademie Stuttgart tem desenvolvido nos últimos anos importante trabalho em torno da música de Händel – entre suas gravações mais recentes está justamente O messias que vão interpretar por aqui.

A obra estreou em abril de 1742 em Dublin, após um período intenso de composição que durou pouco mais de 20 dias. A “versão de Dublin” traz versões alternativas de vários solos, um coro extra, “Break forth into joy”, e uma alternativa em dueto de “How beautiful are the feet”.

“O sucesso da peça em Dublin foi estrondoso. Porém, em Londres, querelas envolvendo cantores italianos (entre eles, uma briga entre duas sopranos no palco durante a apresentação de uma ópera de Händel), assim como questões religiosas, que consideraram a temática inadequada para o teatro, podem ter contribuído para a recepção inicial indiferente da peça na estreia londrina. A aclamação pública de O messias ocorreu apenas em 1750, com sua apresentação na capela do Foundling Hospital, seguida por apresentações no Haymarket Theatre, cujos preços reduzidos trouxeram um público gigantesco que invadiu o teatro, obrigando os bilheteiros a fugirem. A obra se tornou símbolo da música inglesa e uma das peças mais conhecidas do repertório coral ocidental”, escreve Mônica Lucas, professora de História da Música e História da Ópera no Departamento de Música da ECA-USP, no texto publicado no programa das apresentações.

“A presente versão de O messias, com suas diferenças em relação à versão cristalizada pelo séc. XIX, e com dimensões corais e instrumentais reduzidas, mais próximas daquelas que Händel dirigiu em sua época, possibilita recobrar frescor, clareza e intimismo a uma obra para a qual já se criou tantas expectativas auditivas”, completa. 

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O maestro Hans-Cristoph Rademann rege as apresentações no Teatro Cultura Artística [Divulgação]
O maestro Hans-Cristoph Rademann rege as apresentações no Teatro Cultura Artística [Divulgação]

 

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