João Marcos Coelho: espaço maior para a criação contemporânea

por Redação CONCERTO 10/01/2024

Retrospectiva 2023: João Marcos Coelho, jornalista e crítico musical 

Depois de três anos atípicos, difíceis, a vida musical brasileira retornou ao seu ritmo normal. Muitas estreias de encomendas a jovens compositores – e também aos mestres. A complexa roda da ópera recebeu grande impulso. Finalmente tivemos um Guarany à brasileira; várias estreias líricas no Theatro São Pedro, cada vez mais sólido na salutar mistura de óperas de repertório com encomendas a compositores brasileiros.

As Orquestras de Guarulhos fortaleceram-se como polo lírico, sem esquecer os concertos, num trabalho admirável do maestro Emiliano Patarra. A temporada de concertos da Osesp já mostrou sinais de vitalidade renovada em 2023, e em 2024 os retoques do novo diretor musical/maestro titular transformam-se ainda mais.

Os 15 anos da Filarmônica de Minas Gerais a encontraram plenamente consolidada, abrindo cada vez mais espaços para a criação contemporânea. Aliás, a música viva parece ter voltado a pulsar com muita energia em 2023. Dois projetos de gravação se diferenciaram em relação aos demais e adquiriram já no lançamento o padrão de documentos essenciais para conhecermos melhor a obra de dois grandes compositores brasileiros (“Aylton Escobar 80” e “Canção da Amizade”, obras de Almeida Prado para violino e piano). Além disso, festivais espalham-se pelo país. O Artes Vertentes de Minas Gerais e o de Música Erudita do Espírito Santo são a prova disso. É grande a expectativa para um 2024 pleno. 

[Clique aqui para ler outros depoimentos publicados na Retrospectiva 2023 da Revista CONCERTO.]

João Marcos Coelho

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