Joshua Bell rege e toca em concertos com a Academy of Saint-Martin-in-the-fields

Em uma das vezes em que esteve no Brasil no início dos anos 2000, o violinista norte-americano Joshua Bell confessou considerar dar os primeiros passos como regente. O problema, segundo o músico, era o seguinte: por mais que, em especial na música de câmara, houvesse oportunidades de expandir o repertório, a atuação como solista o prendia a um grupo restrito de peças. E ele não queria seguir assim até o fim da vida. 

Em 2012, o passo foi dado, quando, após algumas experiências, ele assumiu a direção artística da Academy of Saint Martin-in-the-Fields, um dos mais tradicionais conjuntos ingleses, criado em 1958 por Sir Neville Marriner – nome difícil de ser substituído. 

Mas Bell e o grupo têm caminhado juntos na manutenção dessa tradição. E uma das companheiras na jornada é a música de Beethoven. Um dos primeiros projetos da nova gestão foi a gravação das sinfonias nº 4 e nº 7 do compositor – justamente as peças que eles trazem ao Brasil neste mês, quando tocam na Sala São Paulo pela temporada da Cultura Artística. 

No dia 30, o programa tem a Abertura Coriolano, a Sinfonia nº 4 e o Concerto para violino de Tchaikovsky; no dia seguinte, a peça do compositor russo, a sétima sinfonia de Beethoven e sua Abertura Egmont. Bell vai atuar nos dois dias como regente e como solista.

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