Camille Saint-Saëns (1835-1921): cinco obras fundamentais

por Redação CONCERTO 14/01/2021

O centenário de morte do compositor francês Camille Saint-Saëns não vai passar em branco na temporada musical brasileira em 2021; conheça algumas de suas principais obras.

As temporadas já anunciadas para 2021 reservam espaço para relembrar o compositor Camille Saint-Saëns no centenário de sua morte. A Osesp vai interpretar uma seleção de obras, a começar pelo Concerto nº 3 para violino, em abril, com Renaud Capuçon como solista; em seguida, estão a Sinfonia nº 3 – Órgão e os Três quadros sinfônicos a partir de La Foi (com Thierry Fischer, em maio e dezembro) ou o Quarteto com piano, com o Quarteto da Osesp e a pianista Juliana Steinbach (novembro), e o Oratório de Natal, com o Coro da Osesp (em dezembro, com regência de William Coelho).

Em Belo Horizonte, a Filarmônica de Minas Gerais também vai dedicar concertos à obra do autor, com destaque, em outubro, para o Concerto para violoncelo nº 1, com Fabio Mechetti e Antonio Meneses. E o ano tem ainda, em julho, o Concerto nº 5 para piano, com Leonardo Hilsdorf (que também toca a peça em junho, em Guarulhos), e a Sinfonia órgão e o Concerto nº 2 (com Juliana Steinbach) em dezembro. O Concerto para violino nº 3 também será tocado pela filarmônica, com Carmelo de los Santos; e, em São Paulo, pela Orquestra Experimental de Repertório e Claudio Micheletti.

Saint-Saëns nasceu em Paris em 1835 e morreu na Algéria em dezembro de 1921. Pianista prodígio, elogiado por Richard Wagner e Marcel Proust, tornou-se, aos 22 anos, organista da Igreja da Madeleine, em Paris, cargo que ocuparia por 20 anos. Franz Liszt, após ouvi-lo, definiu o músico como o melhor organista do mundo.

E ambos manteriam frutífera relação: a ópera Sansão e Dalila, proibida de estrear na França, ganhou vida em Weimar após ajuda de Liszt, a quem o compositor dedicaria sua Sinfonia nº 3, escrita em 1886, símbolo da última fase de sua trajetória como autor, da qual fazem parte ainda obras como O carnaval dos animais e o Concerto para piano nº 5. Em 1899, Saint-Saëns esteve no Brasil, onde apresentou em São Paulo o Scherzo para dois pianos ao lado do compositor Henrique Oswald, que conhecera na Europa.

Concerto para violoncelo nº 1
Shostakovich considerava este o maior concerto para violoncelo já escrito, pelo modo como explora as possibilidades do instrumento sem que ele seja obscurecido pela orquestra. Foi escrito em 1872, quando Saint-Saëns tinha 37 anos.

 

Sansão e Dalila
Saint-Saëns parte da história bíblica para construir uma das partituras mais fortes e envolventes do repertório operístico da segunda metade do século XX. A ópera estreou na Alemanha em 1877, e tem a famosa ária Mon coeur s’ouvre a ta voix.

 

Sinfonia nº 3 – órgão
A presença do órgão no último movimento é a marca da sinfonia, símbolo da contribuição dada pelo compositor ao gênero. Ela foi escrita em 1886 e estreada em Londres, durante uma das muitas turnês realizadas por Saint-Säens.

 

O carnaval dos animais
Também em 1886, Saint-Saëns escreveu O carnaval dos animais, para dois pianos e conjunto instrumental. A estreia foi em um ambiente privado e o compositor não queria a peça editada, mas ela se tornou uma de suas criações mais famosas. 

 

Concerto para piano nº 5
Talvez a mais célebre incursão do compositor pelo gênero do concerto para piano, o nº  5 foi estreado em 1896 em Paris. É conhecido como Concerto Egípcio, pois foi escrito durante viagem de Saint-Saëns ao país: ele o definia como uma “viagem marítima”.

 

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O compositor Camille Saint-Saëns [Reprodução]
O compositor Camille Saint-Saëns [Reprodução] 

 

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