Sala Cecília Meireles anuncia temporada 2023 com mais de setenta concertos

por Redação CONCERTO 28/11/2022

A Sala Cecília Meireles vai promover 77 concertos em sua temporada 2023. As apresentações acontecem tanto no palco principal quanto no Espaço Guiomar Novaes e, como nos últimos anos, estão divididas em séries temáticas. 

“De acordo com sua visão artística, a Sala cumpre seu papel como o principal local de concertos da cidade, levando ao palco um amplo e diversificado repertório que vai da música barroca à contemporânea, passando por jazz e MPB instrumental”, diz o compositor João Guilherme Ripper, diretor do teatro. 

Alguns focos nortearam a escolha do repertório que será apresentado ao longo do ano nas diversas séries: as comemorações de 190 anos de Brahms, os 150 anos de Rachmaninov e de Max Reger, os 95 anos de Edino Krieger, os 80 anos de Aylton Escobar, os 80 anos de nascimento de Almeida Prado e os 75 anos de Ronaldo Miranda. 

Na Série Orquestras, apresentam-se a Orquestra Petrobras Sinfônica, a Orquestra Sinfônica da UFRJ, a Orquestra Sinfônica de Barra Mansa e a Orquestra de Câmara Johann Sebastian Rio, com participação de regentes como Isaac Karabtchevsky, Neil Thomson, André Cardoso, Marcelo de Jesus, Ligia Amadio, Felipe Prazeres, Abel Rocha e Jean Louis Steuermann, que atuará como solista e regente. Uma novidade do ano é o retorno da Orquestra Sinfônica Brasileira à programação oficial da Sala Cecília Meireles. Segundo Ripper, os repertórios dos concertos terão atenção especial à música moderna. 

Em 2022, uma das séries de concertos foi dedicada ao violoncelo e, na próxima temporada, será a vez do violino, com participação de grandes nomes: Guido Sant’Anna, Emmanuele Baldini, Cláudio Cruz, Alfonso Aldana, Linus Roth, Gabriela Queiroz, Carmelo de los Santos, Daniel Guedes e Elisa Fukuda. A série Pianistas também segue na programação, oferecendo ao público a oportunidade de ver de perto o trabalho dos pianistas Sergio Tiempo, Barry Douglas, Aleyson Scopel, e os duos formados por Michael Gurt e Clelia Iruzum e por Linda Bustani e Lilian Barreto. “Além deles, Jean Louis Steuerman, Cristian Budu, Lucas Thomazinho e outros excelentes nomes do piano brasileiro participam das séries Orquestra e Música de Câmara”, diz Ripper.

A Sonata para dois pianos e percussão, de Bartók, e Les noces, de Stravinsky, serão interpretadas com direção da maestra Priscila Bomfim, trazendo as pianistas Erika Ribeiro, Maria Teresa Madeira, Marina Spoladore e Ingrid Barankoski. Na música de câmara, será mantida a série com os grupos formados por músicos da Filarmônica de Minas Gerais, iniciada em 2022, marcando uma rara e importante parceria entre instituições musicais do país. “Em 2023 contaremos também com o Coral Paulistano, dirigido por Maíra Ferreira, graças à colaboração do Theatro Municipal de São Paulo”, adianta Ripper. 

A série dedicada ao canto, Cantares, terá a participação das sopranos Eliane Coelho, Laura Pisani, Carla Caramujo e Doriana Mendes, dos tenores Eric Herrero e Gustavo Manzitti e do barítono Homero Velho, entre outros cantores, além de The Black Roots, grupo formado por cantores negros que interpretarão obras do repertório de spirituals e ópera. 

A Sala vai realizar também a quarta edição do Projeto Gestores, que atua na formação de profissionais para a área, dando-lhes a oportunidade de criar e produzir uma série de apresentações para o Espaço Guiomar Novaes. “É a Sala gerando conhecimento a partir de sua própria atividade”, conclui o diretor.

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O pianista Barry Douglas [Divulgação]
O pianista Barry Douglas [Divulgação]

 

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Enfim, uma revista dedicada a música clássica. O país estava se tornando um verdadeiro deserto. Perdi muitos concertos por não ter tido informação. Parabéns

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