Thierry Fischer é o novo regente titular da Osesp

por Redação CONCERTO 10/06/2019

A Fundação Osesp acaba de anunciar o nome do maestro suíço Thierry Fischer como novo diretor musical e regente titular da orquestra. A partir de 2020, Fischer substitui Marin Alsop, que está no cargo desde 2012.

Fischer, de 61 anos, formou-se flautista com Aurèle Nicolet e iniciou a carreira musical como primeira flauta em Hamburgo e na Ópera de Zurique. Começou a reger aos 30 anos, dirigindo seus primeiros concertos com a Orquestra de Câmara da Europa, então sob direção de Claudio Abbado.

Thierry Fischer é desde 2009 diretor musical da Sinfônica de Utah, nos Estados Unidos, com contrato até 2022. Além disso, Fischer também é principal regente convidado da Filarmônica de Seul, na Coreia do Sul.

A última vez que o maestro Fischer esteve com a Osesp foi em 2018, quando fez a estreia, com o flautista Emmanuel Pahud, da obra Saccades de Philippe Manoury – a apresentação foi uma das finalistas da categoria música orquestral do Prêmio CONCERTO 2018. Antes, em 2016, Fischer regeu a Osesp em um programa com obras de Berlioz e Dvorák, que também foi apresentado no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

Thierry Fischer, novo regente da Osesp [Divulgação / Marco Borggreve]
Thierry Fischer, novo regente da Osesp [Divulgação / Marco Borggreve]

Leia abaixo o comunicado oficial da assessoria de imprensa da Fundação Osesp:

NOVO REGENTE TITULAR DA OSESP SERÁ O SUÍÇO THIERRY FISCHER

Marin Alsop se torna Regente de Honra

São Paulo, 10 de Junho de 2019

A Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) anunciou hoje o maestro suíço Thierry Fischer como seu novo Diretor Musical e Regente Titular, a partir de 2020. Ele regerá a Orquestra em oito semanas na temporada de 2020 e, a partir daí, 12 semanas por ano.

Fischer foi o preferido de um Comitê de Busca formado por músicos da OSESP, diretores, conselheiros e consultores internacionais, que ficaram impressionados não apenas com sua arte musical inspiradora, mas também com a atenção rigorosa a elementos de estilo e definição sonora nos ensaios.

Seus próximos concertos, após este anúncio como futuro Diretor Musical, terão lugar no próximo dia 9 de julho, data exata do aniversário e na qual se comemorá 20 anos da Sala São Paulo, às 11h e às 16h30, com entrada franca. O programa inclui a Quinta Sinfonia de Beethoven e obras escolhidas pelo público em votação online (aberta até dia 14/06). 

Como parte de um grande ciclo “Beethoven 250”, que se estenderá pelo ano de 2020, a Nona Sinfonia será regida por Marin Alsop em dezembro de 2019, em seus 3 últimos concertos como Diretora Musical e Regente Titular da OSESP.

Em 2020, após assumir os postos de Diretor Musical e Regente Titular da OSESP, Thierry Fischer regerá a Missa Solemnis, como parte do ciclo “Beethoven 250”, e também as Sinfonias de nos 1 a 8. 

Ao final de seus oito anos à frente da Osesp, Marin Alsop receberá o título de Regente de Honra. Desde que assumiu o posto, em 2012, ela se tornou conhecida por ter contribuído fortemente para elevar o nível artístico da Orquestra e também por ter conduzido a Sinfônica em várias e aplaudidas gravações e turnês, incluindo, recentemente, a primeira viagem à China de uma orquestra do continente sul-americano.

Tendo por sede uma das mais lindas salas de concerto do mundo, a Sala São Paulo, a Osesp conquistou reconhecimento internacional não apenas pelo alto nível de qualidade na execução, pelo repertório abrangente e pelas encomendas e estreias de obras, mas também pelas atividades educativas (oferecidas a cerca de 25.000 crianças e jovens e aproximadamente mil professores no ano de 2019), pelas premiadas gravações, pelos concertos digitais e ainda pela realização do Festival de Inverno de Campos do Jordão, o maior festival de música clássica da América Latina, que este ano chega à sua 50a edição.

A mais recente participação de Thierry Fischer numa temporada da Osesp foi em setembro do ano passado, com um programa caracteristicamente original, combinando a Sinfonia Fantástica de Berlioz (um dos carros-chefe de seu repertório) e  a estreia latino-americana de um Concerto para Flauta composto por Philippe Manoury, para o solista Emmanuel Pahud. Com larga experiência nas funções de Diretor Musical -- 13 anos à frente da Sinfônica de Utah (EUA) e outros cargos nas Filarmônicas de Seul (Coreia do Sul) e de Nagoya (Japão), e na BBC National Orchestra of Wales (País de Gales/ Reino Unido), Fischer é elogiado por seus programas de grande imaginação, suas muitas gravações e ainda por contribuir efetivamente para o crescimento artístico de todas as orquestras com as quais trabalhou. 

O contrato de Thierry Fischer com a Osesp tem duração de cinco anos, portanto, até o final da Temporada 2024.

Merece destaque aqui o fato de Thierry Fischer ter abraçado imediatamente os propósitos da orquestra, em termos de conceder renovada ênfase ao repertório da música latino-americana e, de modo mais especial, da brasileira. Também digno de nota é seu desejo de aprender português e, a médio prazo, de residir boa parte do ano em São Paulo. Saliente-se ainda que, além das semanas regendo a Osesp, o maestro Fischer passará outras duas semanas por temporada na cidade, acompanhando a Orquestra regida por outros maestros e buscando estar mais próximo da comunidade paulista e dos apoiadores da orquestra, além de se envolver nas atividades que dizem respeito à Academia e outros projetos educativos, e numa variedade de ações que contribuem para a relação da orquestra com seu público. 

Sobre a nomeação, diz o maestro Fischer: “Para mim, foi paixão à primeira vista. Os músicos me deixaram eletrizado, com sua energia única e vontade de dar o melhor exemplo do que pode ser uma orquestra no século 21. Sua abertura para os desafios e a atitude sempre positiva, em resposta a qualquer demanda, parece se nutrir da própria vida nesta grande cidade, tão vibrante, audaciosa e criativa. A confiança e sede de música que todos demonstram são uma força magnética altamente inspiradora. Isso já estava claro para mim desde o primeiro ensaio; e me senti de pronto identificado a eles, na aversão a simplesmente repetir o que foi feito antes, ou fazer as coisas só por fazer. Fico mais do que animado por essa chance de trabalharmos juntos, ao longo dos próximos anos”.

O Diretor Executivo da Fundação Osesp, Marcelo Lopes, comenta:
“A Osesp tem a ambição de ser uma grande orquestra sinfônica, dedicada a expandir o cânone e incluir a música brasileira e latino-americana, assim como a oferecer acesso, dos modos mais variados, ao grande repertório. Em Thierry Fischer, temos confiança de haver encontrado a figura certa para continuar e expandir o trabalho feito por Marin Alsop, a quem todos nós da Osesp agradecemos pela inestimável parceria, ao longo dos últimos oito anos”.

Palavras de Arthur Nestrovski, Diretor Artístico da Osesp:
“Desde o primeiro encontro, a arte única de Thierry, seu conhecimento profundo e puro entusiasmo pela música se tornaram uma inspiração para todos nós. Esperamos que a experiência brasileira seja inspiradora também para ele e temos a maior satisfação de lhe dar boas vindas à Osesp”.
 

ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO/ OSESP
Fundada em 1954 e hoje reconhecida internacionalmente por sua excelência, desde 2005 é administrada pela Fundação Osesp, cuja criação representou um marco na história da Orquestra. Com a liderança do Presidente Fernando Henrique Cardoso, a Fundação colocou em prática novos padrões de gestão que se tornaram exemplo no ambiente cultural Brasileiro. 
Em 2012, Marin Alsop tornou-se Regente Titular, tendo sido nomeada Diretora Musical em 2013 (até o fim de 2019). 
Em 2016, a Orquestra esteve nos principais festivais da Europa e, em 2019, realizou turnê pela China e Hong Kong. No ano passado, a gravação das Sinfonias de Villa-Lobos, regidas por Isaac Karabtchevsky — projeto que se soma a seus mais de 80 álbuns lançados — recebeu o Grande Prêmio da Revista Concerto e o Prêmio da Música Brasileira. Além da Sinfônica, a Fundação Osesp mantém o Coro da Osesp, Coro Juvenil, Coro Infantil e Coro da Academia da Osesp; um setor educativo que inclui a Academia da Osesp (46 alunos) e programas de divulgação e treinamento para mais de 25.000 alunos e professores; um centro de Documentação Musical, com a Editora da Osesp, dedicada à música brasileira, e um Selo Digital. O Quarteto Osesp e a série de Recitais Osesp são destaques na área de música de câmara. Desde 2012, a Fundação voltou a administrar o Festival de Inverno de Campos do Jordão, o maior festival de música clássica da América Latina, orginalmente criado pelo maestro da Osesp Eleazar de Carvalho e que neste ano chega à sua 50a edição.
www.osesp.art.br

THIERRY FISCHER
O maestro suíço foi nomeado Diretor Musical da Sinfônica de Utah em 2009 e assumiu o cargo de modo integral em setembro de 2011; em agosto de 2022, ele deixa essa função e se torna Diretor Musical Emérito. Em Utah, Thierry Fischer mostrou-se um Diretor de primeira linha, desenvolvendo as qualidades da Orquestra e contribuindo para criar uma base ampla e fiel de espectadores, além de ajudar na captação de recursos, atrair os melhores instrumentistas para o conjunto e dar uma cara nova à programação, com ciclos audaciosos e combinações inovadoras de obras. Foi ele quem levou a Orquestra ao Carnegie Hall, pela primeira vez em muitos anos; e foi também quem promoveu encomendas de obras, a cada temporada. Com a Sinfônica de Utah, fez uma elogiada gravação das Sinfonias de Mahler e acaba de lançar, com sucesso, o primeiro disco de Sinfonias e outras peças de Saint-Saëns, para o selo Hyperion. Há três anos, Fischer é o Principal Regente Convidado da Filarmônica de Seul (Coreia do Sul), com quem fará uma turnê europeia em dezembro de 2019; seu contrato com Seul foi estendido até o final de 2020. Ele permanece Regente Honorário da Filarmônica de Nagoya (Japão). Antes disso, foi Regente Principal da BBC National Orchestra of Wales (País de Gales/ Reino Unido), de 2006 a 2012, apresentando-se com a Orquestra todos os anos no festival BBC Proms e fazendo turnês internacionais. Entre as muitas orquestras que já regeu como convidado, estão conjuntos do calibre da London Philharmonic Orchestra, Royal Philharmonic, Boston Symphony, Atlanta Symphony, Filarmônica de Oslo, Rotterdam Philharmonic, Maggio Musicale Firenze, Chamber Orchestra of Europe e Ensemble Intercontemporain.
www.thierryfischer.com 

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