Sinos faz balanço e anuncia ações para 2021

por Publieditorial 25/11/2020

Parceria entre Funarte e UFRJ, projeto tem foco em programas sociais com orquestras de todo o Brasil

O Sistema Nacional das Orquestras Sociais – Sinos é um projeto da Funarte desenvolvido em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ por intermédio de sua Escola de Música. O projeto foi iniciado em março de 2020 e, devido à pandemia de covid-19, ao longo do ano centrou suas ações basicamente em atividades remotas. A seguir, você vai conhecer mais detalhes sobre essas atividades, pessoas nelas envolvidas e, também, algumas das ações programadas para o ano que vem.

No total, em 2020 foram contratados 56 professores de todo o Brasil para produzirem videoaulas. Voltados aos alunos, professores e regentes dos projetos sociais, os vídeos estão divididos entre as vertentes Curso de Capacitação Pedagógica para o Ensino dos Instrumentos de Cordas, Projeto Espiral e Academia de Regência e foram oferecidas gratuitamente. Todas as videoaulas seguem disponíveis no site do projeto (www.sinos.art.br). 

O corpo docente do Sinos é composto por alguns dos mais importantes e ativos músicos brasileiros, a maioria deles com atuação nas principais orquestras e universidades do país. As ações de capacitação do Sinos foram coordenadas pelos professores Leandro Taveira, Aloysio Fagerlande, Carla Rincón e Simone dos Santos. 

Repertório e encomenda de novas obras

A atividade editorial se concentrou na produção de repertório para as orquestras dos projetos sociais, com obras classificadas por nível de dificuldade, a partir de uma tabela de parâmetros técnicos. Foram editadas mais de 70 obras de 48 compositores brasileiros de todas as épocas, como José Maurício Nunes Garcia, Miguez, Nepomuceno, Oswald, Braga, Villa-Lobos, Mignone, Lorenzo Fernandez e Guerra-Peixe. 

Além dessas, foram encomendadas obras novas a trinta compositores brasileiros de todas as regiões do país, que formam assim o Repertório Sinos, disponibilizado para download gratuito. Já estão no ar obras de Guerra-Peixe, Francisco Mignone, Ernani Aguiar, João Guilherme Ripper, Dimitri Cervo, Liduino Pitombeira, Marcos Lucas e Jorge Antunes. O Repertório Sinos deu origem a série Concertos Sinos, na qual orquestras jovens e profissionais apresentam pela primeira vez e registram em gravação as obras publicadas. Por fim, houve o lançamento da Revista Sinos, com artigos sobre o mundo das orquestras. 

Academia de Regência do Sinos (divulgação)
Academia de Regência do Sinos, com maestro André Cardoso (divulgação)

Fechando o conjunto de ações de 2020, foi criada a Academia de Ópera Sinos, sob a coordenação do maestro Silvio Viegas. Seu objetivo é introduzir a prática da ópera e seus subgêneros nos projetos sociais nos quais haja o ensino coletivo dos instrumentos orquestrais, com a formação de orquestras, e junto a instituições que mantenham orquestras jovens. A Academia contempla a produção de videoaulas, ministradas por gabaritados profissionais brasileiros da ópera, com conteúdos históricos, musicais, estilísticos, técnicos e também de produção e gestão. E, também, a encomenda de quatro novas óperas de câmara aos compositores João Guilherme Ripper, André Mehmari, Eli-Eri Moura e Tim Rescala. 

Teatros e espaços alternativos

O formato de câmara com instrumentação flexível tornará possível que, em 2021, as óperas sejam oferecidas a diferentes públicos, inclusive em cidades e localidades onde a população brasileira não tem acesso a espetáculos do gênero, utilizando não só a rede de 92 teatros com fosso existentes no país, como também espaços alternativos. 

Para a produção dos espetáculos, o Sinos está celebrando parcerias com instituições que estejam dispostas a coproduzi-los, tais como teatros, universidades, orquestras profissionais ou companhias independentes. Uma parceria que já está confirmada foi firmada com a Fundação Clóvis Salgado, do governo do Estado de Minas Gerais – que abrigará uma das produções no privilegiado espaço do Palácio das Artes, em Belo Horizonte. 

No processo de produção do espetáculo, o Palácio das Artes receberá jovens artistas dos projetos sociais, que trabalharão como assistentes junto aos profissionais responsáveis pela direção musical, direção cênica, equipe criativa e produção, recebendo assim qualificação para remontagem dos espetáculos em seus projetos sociais. As instituições e projetos sociais interessados na encenação das óperas entrarão em contato com a coordenação do Sinos, para a obterem as orientações sobre como receber os espetáculos. Os cenários e figurinos das produções originais serão armazenados para serem oferecidos para as novas encenações. 

Publicações e caravanas 

No campo das atividades editoriais, estão previstas para 2021 novas encomendas de obras aos compositores brasileiros, a publicação de cadernos pedagógicos, apostilas e livros, além do segundo número da Revista Sinos.

Também no próximo ano, assim que as atividades presenciais forem liberadas pelas autoridades sanitárias, terá início uma das principais ações do programa: as Caravanas Sinos, que levarão grupos de professores a diferentes regiões do país. Em cada localidade, em parceria com instituições locais, esses profissionais atuarão na capacitação pedagógica, atendendo alunos, professores e regentes dos projetos sociais, organizando orquestras e ajudando a promover concertos. Um verdadeiro abraço do Sinos abrangendo todo o Brasil.

[Este texto é um publieditorial produzido pela Funarte/UFRJ.]

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Pretendo participar do Sinos em 2021 com uma orquestra (que está sendo criada) da escola de música da minha cidade (Jaboticabal-SP). Será possível ? E qual o procedimento ? Obrigado.

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