O ano Santoro

por João Luiz Sampaio 01/03/2019

No centenário do compositor, concertos e projetos resgatam sua vida, sua obra e seu papel na história da música brasileira

Na sala do apartamento, sobre os cravos cuidadosamente protegidos, a volumosa partitura chama atenção logo de cara. Difícil controlar o olhar, que se desvia para a pilha de papéis. De relance, é possível identificar o nome na página de rosto: Alma. Parece ser uma cópia; ainda assim, a curiosidade é grande o suficiente para alertar o anfitrião. “É a cópia da grade orquestral da ópera”, diz o pianista-cravista Alessandro Santoro, que prontamente pega o volume e o coloca sobre a mesa.

Seria o bastante para atiçar a imaginação de qualquer um que se interesse pela obra do compositor Claudio Santoro (1919-89). No entanto, basta folhear as páginas para que um mundo ainda mais fascinante se revele. Entre a frieza das folhas xerocadas, estão inseridos trechos de partituras originais, acrescentados pelo compositor em sua última revisão da obra, pouco antes de morrer. “No fim de 1988, três meses antes de sua morte, papai foi para a Europa e quis levar a partitura para revisá-la. Fez o mesmo com a Sinfonia nº 12. Tinha certa urgência, parecia que sabia o que estava prestes a acontecer”, conta Alessandro. “Imagina, então, a emoção de descobrir isso.”

Claudio Santoro [Acervo familiar]
Claudio Santoro [Acervo familiar]

Brasil afora

Alma é a única ópera de Santoro e será apresentada neste ano no Festival Amazonas de Ópera pelo maestro Luiz Fernando Malheiro, que, no início dos anos 2000, já havia começado um trabalho de restauração da partitura, antes que as novas passagens fossem descobertas. Será um dos pontos altos das homenagens pelo centenário de Santoro, celebrado em 2019. E, definitivamente, não o único.

Na Sala São Paulo, a Osesp vai interpretar obras como a Sinfonia nº 7, além de gravar as Fantasias Sul América e apresentar um recital de canto com Paulo Szot e Nahim Marun dedicado ao compositor (os dois pretendem também gravar um disco para o selo Sesc com esse repertório). Marun, aliás, também será o solista, no Theatro Municipal de São Paulo, do Concerto nº 1 para piano e orquestra, em programa que tem ainda a Sinfonia nº 5, com regência do maestro Jamil Maluf. 

A Orquestra Sinfônica da USP fará, por sua vez, a estreia da Sinfonia nº 12, com a regente Catherine Larsen Maguire. A Orquestra Jovem do Estado, com Cláudio Cruz, vai tocar e gravar a Sinfonia nº 9, as Interações assintóticas e a Missa (a Nona também será apresentada pela Filarmônica de Montevidéu, no Uruguai, com Ligia Amadio). A Orquestra Filarmônica de Goiás, com Neil Thomson, segue gravando as 14 sinfonias – e fará, em Goiânia e em Campos do Jordão, a estreia da Sinfonia nº 13. Belo Horizonte vai ouvir, pela Filarmônica de Minas Gerais, a Brasiliana, o Concerto para piano nº 1 (com o pianista Aleyson Scopel) e o Frevo. 

A lista não para. Em Brasília, com a Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (regência de Claudio Cohen), estão programados a Sinfonia nº 6, o Ponteio e o Canto de amor e paz. Na Sala Cecília Meireles, no Rio de Janeiro, a Orquestra Sinfônica Nacional UFF regida por Tobias Volkmann apresenta a Sinfonia nº 5.  A Orquestra Nacional UFF também fará a Sinfonia nº 6. Já a Orquestra Sinfônica da UFRJ regida pelo maestro e compositor Aylton Escobar, com Alessandro Santoro como solista, realizará o Concerto nº 3.

Envolvendo algumas das principais instituições musicais do país, a série de concertos impressiona mesmo sem incluir a programação dedicada à música de câmara. Não parecer ser exagero, portanto, afirmar que 2019 será, no Brasil, o ano de Claudio Santoro. “É um misto de alegria e apreensão, na verdade”, diz Alessandro. “É incrível, muito bom mesmo, que o centenário permita essa quantidade de apresentações, mas gostaríamos que não parasse por aí, que tudo isso significasse o início de um resgate ainda mais amplo de sua trajetória.” Uma trajetória que segue injustamente desconhecida do grande público e que, por sua complexidade e sua riqueza, recusa reduções e desafia especialistas. 

 

Primeiros passos

O começo da vida musical de Claudio Santoro parece simples. Nascido em 23 de novembro de 1919, em Manaus, em uma família para a qual a música era presença constante, começou a estudar violino e, com o tempo, mudou-se para o Rio de Janeiro a fim de completar sua formação. Como instrumentista, foi músico fundador da Orquestra Sinfônica Brasileira. No entanto, ainda que no conservatório fichas fossem apostadas em seu talento como violinista, Santoro logo começou a, em suas próprias palavras, “rabiscar” algumas ideias, sentindo a necessidade de se expressar também como compositor.

Nesse caminho, um primeiro ponto de parada fundamental foi, em 1941, o contato com Hans-Joachim Koellreutter, que chegara da Europa trazendo novas técnicas, como o dodecafonismo, que abririam uma alternativa a um cenário musical profundamente marcado então pelo nacionalismo proposto por Mário de Andrade e pela música de caráter nacional celebrada pela obra de Heitor Villa-Lobos. 

Em torno de Koellreutter seria criado o grupo Música Viva, com o objetivo de difundir a música contemporânea e do qual fariam parte nomes como Edino Krieger, Guerra-Peixe ou Eunice Katunda. E Santoro, com um papel decisivo. No documentário Santoro: o homem e sua música, de John Howard Szerman, lançado em 2018, o maestro Lutero Rodrigues conta que, antes mesmo do contato com o mestre, o compositor já havia feito experimentos que de maneira intuitiva se aproximavam da linguagem de Arnold Schönberg. E Edino Krieger vai além: Koellreutter estudou o dodecafonismo justamente para ensinar o aluno. “Mais uma contribuição dele. Foi através dele que se formou essa experiência, esse grupo de compositores.”

Significativa desse período é a Sinfonia nº 1: o primeiro movimento, assinala o musicólogo Vasco Mariz em seu livro Claudio Santoro, já revela uma “inquietação singular, decididamente moderna”, enquanto o segundo, escrito após o contato com Koellreutter, é uma "tentativa deliberada" de aplicar o método dodecafônico. Desse momento são também obras como a Sonata para violino solo e a Sonata para violino e piano nº 1 (Alessandro Santoro e o violinista Emmanuele Baldini, spalla da Osesp, preparam-se para gravar, também neste ano, a integral das sonatas).

Outra obra importante desse momento é o Trio, de 1942. A peça tem apenas um movimento, sete páginas de partitura. “Foi uma experiência e tanto gravar esse trio”, conta a pianista Karin Fernandes, integrante do Trio Puelli. “Santoro não define fórmula de compasso nem andamento. No começo da peça, lemos apenas a indicação Expressivo, e ele coloca traços maiores ou menores como indicação de duração após cada nota musical. É uma obra quase improvisada. Cada execução é diferente da anterior.”

 

Mudança

A Sinfonia nº 2, por sua vez, aponta em outra direção, a um “lirismo nacionalista”, nas palavras de Gerard Béhague, citado por Irineu Franco Perpetuo em Uma história concisa da música clássica brasileira. Seria um preâmbulo para a fase seguinte, abertamente nacionalista – à qual ele chega por questões não apenas musicais. 

Em meados dos anos 1940, suas ligações com o Partido Comunista – e sua recusa a dele se afastar – fizeram com que lhe fosse negado um visto aos Estados Unidos, onde havia recebido uma bolsa de estudos da Fundação Guggenheim. Santoro acabou seguindo para Paris, onde teve contato com Nadia Boulanger. E, em 1947, participou do II Congresso Internacional de Compositores Progressistas de Praga. Como escreve Perpetuo, deu-se ali o rompimento definitivo com o dodecafonismo, com o compositor adotando uma linguagem inspirada nas teses do realismo soviético, com uma “música para as massas, sem vanguardismos e compreensível”.

Vasco Mariz cria em seu livro uma divisão em meio à produção nacionalista do compositor. O musicólogo tem um viés político e estético – e não o esconde. Em um primeiro momento, diz, a ligação com a esquerda sugeriria um nacionalismo musical de conveniência, o que transpareceria em suas obras. Mais tarde, no entanto, com ele se voltando ao estudo mais detalhado do folclore, suas obras conseguiriam novamente demonstrar sua originalidade como compositor – utilizando o regional para tratar de temas universais, como no Canto de amor e paz. Estamos falando dos anos 1950 e 1960 – e outras obras marcantes do período seriam as Sinfonias nº 4, nº 5 e nº 6, o Ponteio e o ciclo Canções de amor, escrito em Paris com Vinicius de Moraes.

Mariz sugere que a posição política levou ao enfraquecimento da obra e da inspiração. É uma leitura, no entanto, já reavaliada em estudos como o de Mariana Costa Gomes, da Universidade de Brasília, que, a partir de seu legado, reinserem, por exemplo, a questão política e a relação entre música e sociedade na discussão dos caminhos da composição brasileira no século XX. Karin Fernandes também acredita que esse seja um aspecto a ser celebrado. Santoro foi bastante ativo no meio musical e politicamente engajado, ela diz. E teve problemas por isso. Sua viúva Gisele conta no documentário de Szerman que, nos anos 1950 e 1960, ele recebia salários mais baixos que os habituais em trabalhos em rádios do Rio de Janeiro, precisando encarar três ou quatro empregos para sobreviver. Para Karin, “ele é um dos mais importantes compositores brasileiros tanto pela produção musical quanto pelo resultado de sua atividade política, pendendo para uma análise crítica da realidade musical da época”. Ligia Amadio, diretora da Filarmônica de Montevidéu, concorda, afirmando que “suas posições políticas e sua coerência nos falam muito sobre quem foi Santoro”.

“Há uma qualidade que permeia sua música sinfônica: um lirismo muscular. Para mim, Santoro é o maior sinfonista brasileiro e pode ser colocado ao lado dos grandes sinfonistas do século XX”
Neil Thomson, maestro

 

Frente da batalha

Em 1965, afastado da Universidade de Brasília, seguiu para a Alemanha ocidental e, anos mais tarde, depois de passagens pelos Estados Unidos e pela França, tornou-se professor de composição e de regência na Hochschule de Heidelberg-Mannheim, entre os anos 1970 e 1978. “Santoro foi um dos mais completos músicos brasileiros. Além de compositor, foi um excelente maestro e usou sua forte personalidade para deixar marcas fundamentais por onde passou”, afirma Fabio Mechetti, diretor artístico da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. 

Jamil Maluf, diretor da Orquestra Experimental de Repertório, foi aluno de regência de Santoro, em Mannheim, em 1974. “Ele carregou o estandarte da música brasileira por onde andou, polemizando e recusando o rótulo de terceiro mundo da música. Estava sempre na linha de frente da batalha”, conta o maestro, que compartilha também uma lembrança pessoal. “Nesse período, eu vivia em grande dificuldade financeira como estudante. E Santoro, para me ajudar, reuniu um grupo de crianças para que eu desse aulas de piano, entre elas seus filhos Santorinho e Giselinha.”

“É um dos mais importantes autores brasileiros pela música e pelo resultado de seu engajamento político, sempre pendendo para uma análise crítica da realidade musical e de sua época”
Karin Fernandes, pianista

A ida para a Europa significaria uma mudança em sua trajetória como compositor. Ele se afastou do nacionalismo, retornou ao serialismo, flertou com a música aleatória, experimentou novas possibilidades em obras como as eletroacústicas Mutações, as Interações assintóticas ou o Ciclo Brecht. Trabalhou em “quadros sonoros”, que tocavam trinta segundos de música quando alguém se aproximava.

Desse momento é também a Canção elegíaca, escrita sob encomenda da Fundação Gulbenkian e inspirada em Camões. “É uma das peças dele que mais me marcou”, conta Mechetti. “Tive a oportunidade de vê-lo regê-la no Municipal de São Paulo e ela, para mim, é uma síntese de sua facilidade em transitar por estéticas aparentemente opostas, mas utilizadas para expressar a essência dos poemas de Camões. A integridade da obra e o modo como ele a regeu me impressionaram muito. Nela, encontram-se referências ao dodecafonismo, a recursos aleatórios, mas também a momentos tonais, até mesmo a veladas pinceladas de um nacionalismo um tanto esquecido, mas ainda latente de alguma forma”, relembra.

Em 1978, Santoro voltou ao Brasil para chefiar o Departamento de Artes da Universidade de Brasília. Foi professor de Gilberto Mendes, Guilherme Bauer, Mário Tavares, Rogério Duprat, entre tantos outros. Seguiu compondo, acrescentando a seu catálogo seis sinfonias, por exemplo. No fim de 1988, fez sua última viagem à Europa. Em 27 de março de 1989, aos 69 anos, foi vítima de um infarto durante um ensaio da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional, a qual ele criara anos antes e da qual era diretor e regente.

“O que me intriga é o modo como meu pai conseguia domar tantas faculdades, trocar de um universo para o outro. Isso sem nunca ter deixado de ser ele”
Alessandro Santoro, pianista-cravista

 

Lado a lado com os grandes

Alessandro Santoro acaba de lançar uma edição dos Prelúdios para piano, na qual trabalhou ao longo de quatro anos (foram necessários ainda mais quatro anos para o lançamento da edição). “É um conjunto importante de peças, porque cobrem um enorme período de sua vida, refletindo as transformações em seu estilo”, diz. 

O mesmo vale para suas sinfonias. “São peças difíceis, mas sempre idiomáticas. E extremamente bem concebidas para orquestra”, diz Neil Thomson, cujas gravações em Goiás serão lançadas pelo Selo Naxos dentro do projeto Brasil em Concerto. “No intervalo de dois meses, gravamos cinco sinfonias: nº 1nº 5, nº 6, nº 7 e nº 8. Foi muito interessante gravar a nº 1, que mostra como, aos 21 anos, ele já tinha uma voz clara. A música está repleta de vitalidade rítmica e de sutilezas harmônicas. Já a Quinta, a Sexta e a Sétima são de seu período nacionalista e se aproximam estilisticamente, ainda que mostrem uma clara progressão no que diz respeito à estrutura. A Sexta é a filha da Quinta e mãe da Sétima. E a Oitava foi um choque completo para mim e para a orquestra. É tão diferente do que ele havia feito antes que marca uma mudança clara. É abstrata e atonal, mas incrivelmente poderosa em sua retórica”, diz o maestro inglês. “Para mim, há uma qualidade que permeia toda a música sinfônica de Santoro: um lirismo muscular. Quando nos acostumamos com sua linguagem, as linhas angulosas da Oitava sinfonia carregam o mesmo poder expressivo, lírico e dramático da Sétima”, comenta Thomson, para quem Santoro é o mais importante compositor sinfônico brasileiro. “E eu iria mais longe: ele pode ser colocado ao lado dos grandes sinfonistas do século XX.”

“Assim como Stravinsky na música ou Picasso na pintura, Santoro não se conteve em se acomodar em uma linha estética única de expressão e pensamento”
Fabio Mechetti, maestro

A “voz clara” de que fala Thomson, esse idioma pessoal, parece estar no centro do legado musical de Santoro – um legado que talvez precise ser pensado não em detrimento de um ou outro momento de sua carreira, mas em conjunto. Mariz mostra, de forma espirituosa, que, “no período dodecafônico, todos o censuravam por abandonar o folclore; depois, todos lamentavam que o compositor usasse aquele mesmo folclore”. Dilema que persistiria por décadas, mas que hoje empalidece à medida que se torna natural pensar a história da música brasileira do século XX independente da dicotomia entre nacionalistas e vanguardistas.

“Na verdade, Santoro foi um inquieto por excelência”, afirma Jamil Maluf. “O fato de ter passeado pelas mais diferentes tendências da composição do século XX era, acima de tudo, reflexo de sua personalidade e de sua inesgotável curiosidade. Por isso não dá para destacar essa ou aquela fase entre suas composições: tudo é Santoro.”

Mechetti concorda. “Ele unia um conhecimento técnico extremamente sólido a uma curiosidade estética singular, que o permitiu atravessar várias correntes musicais do século XX. Assim como Stravinsky na música ou Picasso na pintura, ele não se conteve em se acomodar em uma linha estética única de expressão e pensamento”, diz o maestro. “O que permeia a música de Santoro é sua capacidade de adaptação, de se expressar por meio de diferentes linguagens, com competência, entendimento das possibilidades de cada uma delas e as utilizando como meio de expressão. E nunca como fins em si.”

“Santoro foi um inquieto por excelência. Ter passado por diversas tendências de composição era reflexo de sua personalidade e curiosidade. Por isso, não dá para destacar essa ou aquela fase em sua obra: tudo é Santoro”
Jamil Maluf, maestro

 

Trinta mil páginas

Alessandro conta que, desde que assumiu seu acervo (que alimenta o site oficial dedicado ao compositor e sua obra), tem trabalhado boa parte do tempo sozinho, sem apoios oficiais. Avanços já foram feitos. Santoro editou, em vida, trinta obras de câmara – hoje, já são 150. No entanto, em meio aos papéis da coleção, descobertas não param de surgir. Das Interações assintóticas, por exemplo, Alessandro encontrou a partitura que seu pai utilizava quando regia a obra, repleta de anotações e orientações para os músicos. Recentemente, recebeu também de um artista uma obra cuja existência desconhecia, a Elegia nº 3. As canções, por sua vez, são o gênero em que a criação de Santoro permanece incompleta: o compositor muitas vezes entregava o manuscrito ao intérprete, e, com isso, algumas obras se perderam. De qualquer forma, a estimativa é de que o acervo tenha um total de 30 mil páginas. “O ideal seria que tudo isso fosse digitalizado para ser, assim, preservado em definitivo”, diz.

Não por acaso, Alessandro celebra o fato de que o projeto de gravação das sinfonias pela Filarmônica de Goiás vai resultar na edição das partituras. Da mesma forma, após a montagem de Alma, em Manaus, uma nova edição será preparada. São passos fundamentais, aos quais poderia se somar uma biografia de fôlego ou um livro com o depoimento em primeira pessoa do compositor, que, no começo dos anos 1980, instigado por alunas da universidade, gravou horas de lembranças, do início da vida àquele momento, sozinho perante o gravador, como se fora em um diário. 

Isso para não falar de suas trilhas sonoras ou do resgate de facetas ainda mais obscuras, como suas composições para disquinhos infantis – em que não apenas escrevia a música, mas muitas vezes atuava como narrador, apresentando personagens como Zeca Furreca ou o Quarteto de Cachorros do Scala de Milão –, preservadas em gravações rudimentares que Alessandro se diverte ao mostrar. 

“Certa vez estava ouvindo a Rádio Cultura e peguei uma obra no meio. Eu sabia, de alguma forma, que era de meu pai. E era mesmo. No fundo, o que me intriga é o modo como meu pai conseguia domar tantas faculdades, trocar de um universo para o outro. Sem nunca ter deixado de ser ele.” 


AGENDA MARÇO 2019
Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo

Dias 27 e 28, Praça das Artes – Sala do Conservatório (São Paulo)

Orquestra Sinfônica Nacional UFF
Dia 15, Sala Cecília Meireles (Rio de Janeiro); 
dia 17, Cine Arte UFF (Niterói)

Orquestra Sinfônica Brasileira
Dias 16 e 17, Sala Cecília Meireles (Rio de Janeiro)

Orquestra Filarmônica de Minas Gerais
Dias 14 e 15, Sala Minas Gerais (Belo Horizonte)

Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro
Dia 26, Cine Brasília (Brasília)