Compositor Frederico Richter falece em Porto Alegre

Faleceu em 1º de janeiro, aos 90 anos, em Porto Alegre, o compositor Frederico Richter.

Nascido na cidade gaúcha de Novo Hamburgo, em 1932, Richter iniciou os seus estudos musicais ainda na infância. Mais tarde, estudou na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, onde obteve o doutorado em 1962. Entre os anos de 1979 e 1981 realizou pós-doutorado na McGilll University, no Canadá. Richter adotou o cognome de Frerídio, pelo qual é conhecido na área musical.

Frederico Richter radicou-se em Santa Maria, onde fundou e dirigiu a Orquestra Sinfônica de Santa Maria. Foi professor da Universidade Federal de Santa Maria por 33 anos. Como violinista, tocou na Orquestra Sinfônica de Porto Alegre por 20 anos. Como maestro, regeu orquestras em São Paulo, Porto Alegre e Montevidéu.

Frederico Richter dedicou-se à música moderna e pós-moderna, e foi o introdutor da música eletrônica no Rio Grande do Sul. Seu catálogo de obras abrange mais de 150 títulos e inclui sinfonias, peças sinfônicas para coro e orquestra, peças orquestrais e de câmara, ópera, oratórios, canções, peças instrumentais e obras eletroacústicas.

Richter também atuou como conferencista, músico, docente e pesquisador na Alemanha (Universidade Siegen e Hamburgo e IPN de Kiel), Áustria, Reino Unido e na Universidade de Glasgow. No Canadá deu master classes nas Universidades Concordia e McGill.

O compositor Ricardo Tacuchian escreveu em sua página no Facebook: “O Brasil perde uma importante figura do mundo da música clássica e uma personalidade extremamente dinâmica e gentil, com quem tive oportunidade de ter contato nas vezes que fui a Santa Maria, a seu convite, para reger a Orquestra Sinfônica da cidade”. E o compositor Jorge Antunes lamentou a morte do colega: “Triste! Bom amigo, grande compositor. Seu rico e vasto catálogo de criações inclui importantes obras na área da música eletroacústica”.