João Camarero estreia concerto de Sergio Assad com a OSB, no Teatro Cultura Artística

por Redação CONCERTO 20/11/2025

A Orquestra Sinfônica Brasileira se apresenta em São Paulo, no Teatro Cultura Artística, na sexta e no sábado, sob regência do maestro Claudio Cruz. O violonista João Camarero será o solista em Cantos e contos do Brasil, concerto para violão e orquestra de Sergio Assad. O programa tem ainda a Abertura 2014, de Dimitri Cervo, e a Sinfonia em sol menor, de Alberto Nepomuceno.

Natural de Ribeirão Preto e radicado no Rio de Janeiro, João Camarero é reconhecido por suas interpretações marcantes do repertório brasileiro, além do seu trabalho autoral. O concerto de Sergio Assad, um dos maiores instrumentistas e compositores brasileiros das últimas décadas, foi escrito especialmente para Camarero.

A Abertura 2014 faz parte de uma série do compositor Dimitri Cervo. A obra estreou em Santa Maria, em 2021. “É uma abertura com instrumentos pouco comuns em uma abertura europeia, com uma sonoridade bastante brasileira, pelo tratamento da parte rítmica”, explicou Cervo em uma entrevista da época. 

A Sinfonia de Nepomuceno foi estreada em 1893. “Pela retórica e gestual, a uma primeira audição, a influência mais perceptível é a de Brahms, trazendo à memória o fato de que Nepomuceno foi aluno, em Berlim, do brahmsiano Heinrich von Herzogenber. Contudo, vale notar que, ao elencarmos as referências sofridas pelo compositor, não estamos falando de um mero epígono ou imitador, mas sim de uma mente criativa que se serve de ingredientes distintos para realizar sua síntese própria e pessoal”, escreveu Irineu Franco Perpetuo sobre a obra em texto para o Site CONCERTO.

“Conhecedores do compositor cearense sabem que ele se servia dos elementos estéticos que tinha à disposição de forma eclética, e a aparente adesão a uma escola não excluía a utilização de características que pareciam pertencer à tendência oposta. Assim, a sinfonia também traz as ressonâncias wagnerianas que se fariam ouvir na ópera Artemis (1898, com libreto de Coelho Neto); e, no Intermezzo do terceiro movimento, não parecemos estar muito distantes do mundo do tcheco Antonín Dvorák (1841-1904), cuja Sinfonia do Novo Mundo, não custa lembrar, foi escrita nos EUA, no mesmo ano que a obra de Nepomuceno.”

Veja mais detalhes no Roteiro do Site CONCERTO


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O violonista João Camarero [Divulgação/Gil Inoue]
O violonista João Camarero [Divulgação/Gil Inoue]

 

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