Pilar incontornável do repertório coral-sinfônico, o oratório O messias, de Händel, será apresentado nos dias 9 e 10 na Sala Cecília Meireles pela Orquestra Petrobras Sinfônica. Também participa o Coro da Associação de Canto Coral. Felipe Prazeres comanda os dois concertos, que terão jovens talentos brasileiros – a soprano Michele Menezes, a contralto Lara Cavalcanti, o tenor Guilherme Moreira e o barítono Marcelo Coutinho – como solistas.
As apresentações têm um significado especial. Isso porque, há 50 anos, na mesma Sala Cecília Meireles, se dava o nascimento da orquestra. Sob o comando do maestro Armando Prazeres, os cerca de 40 músicos da Orquestra Pró-Música mostravam pela primeira vez seu trabalho – e o faziam justamente com O messias.
Aramando Prazeres, que é pai de Felipe, estudou na Escola Superior de Música de Estocolmo e na Academia de Santa Cecília, em Roma. Quando voltou ao Brasil, criou a Orquestra Pró-Música, que, desde sua estreia, em 1975, alternava apresentações em salas de concertos e em espaços alternativos, sempre buscando um contato próximo com a comunidade, com a atenção a novos públicos e ao poder transformador da música.
A Pró-Música, que em 1987 passou a ser patrocinada pela Petrobras, se tornaria uma referência no meio musical brasileiro também por outro motivo, que é o seu modelo de gestão, no qual os músicos definem o projeto administrativo e os campos de atuação da orquestra.
Prazeres morreu de forma trágica, em 1999, quando foi sequestrado e assassinado no Rio de Janeiro. Mas o grupo seguiu adiante. Hoje chamada de Petrobras Sinfônica, Opes, a orquestra mantém três séries: clássico, pop e infantil. Há 13 anos, o grupo criou a Academia Juvenil da Orquestra Petrobras Sinfônica, que proporciona formação gratuita para jovens entre 15 e 20 anos, mais uma maneira de manter vivo o sonho de Armando Prazeres.
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