Programação lírica inclui ainda títulos como Intolleranza, de Luigi Nono, e estreia de nova ópera de Jocy de Oliveira, em celebração a seus 90 anos; série sinfônica inclui Sinfonia nº 8 de Mahler
O Theatro Municipal de São Paulo vai apresentar, em 2026, as óperas Tristão e Isolda, de Wagner; Don Carlo, de Verdi; Andrea Chenier, de Giordano; Intoleranza, de Luigi Nono; O amor das três laranjas, de Prokofiev; e uma dobradinha com uma nova ópera de Jocy de Oliveira e Édipo Rei, de Stravinsky. Entre os destaques da programação sinfônica, está a presença do compositor chinês Tan Dun, que vai reger concerto com obras suas.
A temporada foi construída a partir do questionamento: “o que deixamos para trás quando o mundo, como o conhecemos, colapsa?”. O objetivo, segundo a direção do teatro, é “pensar um legado”. “Enquanto a temporada de 2025 consolidava mudanças e tornava a programação do Theatro Municipal naturalmente diversa, multifacetada, inventiva e plural, a nova temporada se propõe a aprofundar essa jornada, convidando o público a uma reflexão profunda sobre a nossa condição humana e sobre o que deixaremos para as futuras gerações.”
A primeira ópera será O amor das três laranjas, em março, remontagem da produção de Luiz Carlos Vasconcelos. Em seguida, em maio, vem Intolleranza, com direção de Nuno Ramos e Eduardo Climachauska.
Em seguida, em julho, será apresentada Tristão e Isolda, com direção de Daniela Thomas e elenco com o tenor Simon O’Neill e a soprano Annemarie Kremer. Don Carlo é a ópera seguinte, em setembro, com direção de Caetano Vilela e elenco composto por Atalla Ayan (Don Carlo), Luiz-Ottavio Faria (Felipe II) e Ailyn Pérez (Elisabetta). Já a double bill será apresentada em novembro, com Ana Vanessa dirigindo a ópera de Jocy de Oliveira e Georgette Fadel, Édipo Rei.
O encerramento da temporada lírica será com Andrea Chenier. A montagem será assinada por Caio Araujo, carnavalesco da Mocidade Alegre, e Carla Camurati.
Concertos
A programação sinfônica começa, em janeiro, com obras de Gilberto Mendes, Villa-Lobos, Cibelle Donza e Hekel Tavares (Priscila Bomfim e Hércules Gomes). Em março, a maestra taiwanesa Mei-Ann Chen rege obras de An-Lun Huang, Prokofiev, Kaija Saariaho e Stravinsky.
Roberto Minczuk rege em abril o concerto de Páscoa, com a A Paixão Segundo São Marcos, do argentino Osvaldo Golijov. No mesmo mês, Ricardo Bologna e Paulo Álvares fazem programa com Xenákis, Ligeti, Lutosławski e Marcos Balter.
Minczuk rege ainda a Sinfonia nº 8 de Mahler, em programa que tem ainda peça de Ellen Reid. O maestro zimbabuense Vimbayi Kaziboni, por sua vez, rege peças de Olga Neuwirth, George Lewis e Berio. Sob regência de Maíra Ferreira, a Orquestra Sinfônica Municipal, o Coral Paulistano e o Coro da Osesp apresentam obras de Caroline Shaw e Poulenc. E Tan Dun faz programa dedicado à sua obra.
O Coral Paulistano comemora 90 anos e abre o ano, sob regência de Maíra Ferreira, com programa voltado à música coral brasileira. O destaque é a estreia mundial de Auto de Todo Mundo e Ninguém, obra de 1981 de Camargo Guarnieri. Outros programas incluem obras de Pauline Oliveros Tania León, Jaakko Mäntyjärvi, Silvia Berg, Eric Whitacre, Gilberto Mendes e György Ligeti; e um concerto dedicado ao Renascimento italiano.
A temporada do Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo terá combinações de grandes nomes de diversos períodos da música. Entre os autores que serão interpretados estão Caroline Shaw, Haydn, Mozart, Arvo Pärt, Bingen, Joseph Bologne, Jessie Montgomery, Emilie Mayer, Schumann, Florence Price, Brahms e Dvořák.
A primeira temporada do Balé da Cidade de São Paulo terá nova criação coreográfica de Renan Martins, em março, intitulada como Encruzilhada; a segunda, com nova criação de Andrea Peña e Michelle Moura, em junho; e, por fim, Réquiem SP, criação de Alejandro Ahmed, diretor artístico da companhia, retorna ao palco do Municipal nos dias 15, 16, 18, 19, 21, 22 e 23 de agosto.
![Theatro Municipal de São Paulo [Divulgação/Stig Lavor]](/sites/default/files/inline-images/w-TMSP_StigLavor_0.jpg)
É preciso estar logado para comentar. Clique aqui para fazer seu login gratuito.
Comentários
Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não refletem a opinião da Revista CONCERTO.