Carlos Prazeres: momento de renovação

Retrospectiva 2023: Carlos Prazeres, regente titular da Orquestra Sinfônica da Bahia e da Orquestra Sinfônica de Campinas 

2023 foi um ano bem movimentado para Orquestra Sinfônica da Bahia. O grupo recebeu o prêmio “Profissionais da Música” de melhor orquestra do Brasil, fruto da criatividade e luta de um time que sempre esteve disposto a ousar e ser farol para música de concerto no país. Ainda em janeiro, viu sua sede, o Teatro Castro Alves, sofrer um incêndio. Ao mesmo tempo que o incidente causou enorme dano em sua temporada, a notícia de que o teatro será renovado e trabalhado acusticamente para apresentações orquestrais trouxe enorme alegria para o grupo.

Com sua criatividade habitual, a OSBA começou o ano arrebatando a concha acústica com um concerto em homenagem à música romântica brasileira, apelidada pejorativamente de “brega”. Em seguida, conquistou o Festival de Trancoso, recebendo como convidado o seu habitual parceiro, o pianista Cristian Budu.

A disputa pela organização social que vai gerir o conjunto marcou de forma indelével o ano da Orquestra Sinfônica da Bahia. O grupo espera um 2024 menos turbulento para que continue a levar música de qualidade para seu imenso e apaixonado público.

Por sua vez, a Orquestra Sinfônica de Campinas, abençoada por uma excelente crítica do professor Jorge Coli e por concertos lotados, cumpriu com louvor as metas estabelecidas para 2023. Arrebatou o público em concerto realizado no Festival de Campos do Jordão, encenou Macunaíma, ópera de Marcelo Onofre, com três recitas lotadas, e encerrou a temporada levando mais de cinco mil pessoas à Concha Acústica do Taquaral para ouvir ópera italiana em seu concerto de Natal.

Em 2024, a Sinfônica de Campinas terá um ano auspicioso. A entrega do Centro de Convivência reformado e a posse de seus novos integrantes, aprovados em recente concurso público, prometem projetar a orquestra para um novo patamar no cenário orquestral. 

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