O centenário de morte do compositor francês Camille Saint-Saëns não vai passar em branco na temporada musical brasileira em 2021; conheça algumas de suas principais obras.
As temporadas já anunciadas para 2021 reservam espaço para relembrar o compositor Camille Saint-Saëns no centenário de sua morte. A Osesp vai interpretar uma seleção de obras, a começar pelo Concerto nº 3 para violino, em abril, com Renaud Capuçon como solista; em seguida, estão a Sinfonia nº 3 – Órgão e os Três quadros sinfônicos a partir de La Foi (com Thierry Fischer, em maio e dezembro) ou o Quarteto com piano, com o Quarteto da Osesp e a pianista Juliana Steinbach (novembro), e o Oratório de Natal, com o Coro da Osesp (em dezembro, com regência de William Coelho).
Em Belo Horizonte, a Filarmônica de Minas Gerais também vai dedicar concertos à obra do autor, com destaque, em outubro, para o Concerto para violoncelo nº 1, com Fabio Mechetti e Antonio Meneses. E o ano tem ainda, em julho, o Concerto nº 5 para piano, com Leonardo Hilsdorf (que também toca a peça em junho, em Guarulhos), e a Sinfonia órgão e o Concerto nº 2 (com Juliana Steinbach) em dezembro. O Concerto para violino nº 3 também será tocado pela filarmônica, com Carmelo de los Santos; e, em São Paulo, pela Orquestra Experimental de Repertório e Claudio Micheletti.
Saint-Saëns nasceu em Paris em 1835 e morreu na Algéria em dezembro de 1921. Pianista prodígio, elogiado por Richard Wagner e Marcel Proust, tornou-se, aos 22 anos, organista da Igreja da Madeleine, em Paris, cargo que ocuparia por 20 anos. Franz Liszt, após ouvi-lo, definiu o músico como o melhor organista do mundo.
E ambos manteriam frutífera relação: a ópera Sansão e Dalila, proibida de estrear na França, ganhou vida em Weimar após ajuda de Liszt, a quem o compositor dedicaria sua Sinfonia nº 3, escrita em 1886, símbolo da última fase de sua trajetória como autor, da qual fazem parte ainda obras como O carnaval dos animais e o Concerto para piano nº 5. Em 1899, Saint-Saëns esteve no Brasil, onde apresentou em São Paulo o Scherzo para dois pianos ao lado do compositor Henrique Oswald, que conhecera na Europa.
Concerto para violoncelo nº 1
Shostakovich considerava este o maior concerto para violoncelo já escrito, pelo modo como explora as possibilidades do instrumento sem que ele seja obscurecido pela orquestra. Foi escrito em 1872, quando Saint-Saëns tinha 37 anos.
Sansão e Dalila
Saint-Saëns parte da história bíblica para construir uma das partituras mais fortes e envolventes do repertório operístico da segunda metade do século XX. A ópera estreou na Alemanha em 1877, e tem a famosa ária Mon coeur s’ouvre a ta voix.
Sinfonia nº 3 – órgão
A presença do órgão no último movimento é a marca da sinfonia, símbolo da contribuição dada pelo compositor ao gênero. Ela foi escrita em 1886 e estreada em Londres, durante uma das muitas turnês realizadas por Saint-Säens.
O carnaval dos animais
Também em 1886, Saint-Saëns escreveu O carnaval dos animais, para dois pianos e conjunto instrumental. A estreia foi em um ambiente privado e o compositor não queria a peça editada, mas ela se tornou uma de suas criações mais famosas. 
Concerto para piano nº 5
Talvez a mais célebre incursão do compositor pelo gênero do concerto para piano, o nº  5 foi estreado em 1896 em Paris. É conhecido como Concerto Egípcio, pois foi escrito durante viagem de Saint-Saëns ao país: ele o definia como uma “viagem marítima”.
Leia mais
Notícias Trios de Villa-Lobos ganham leitura de Ricardo Castro, Antonio Meneses, Claudio Cruz e Gabriel Marin
Notícias Orquestra Sinfônica Nacional da UFF inicia celebrações pelos 60 anos
![O compositor Camille Saint-Saëns [Reprodução]](/sites/default/files/inline-images/saint_saens.jpg) 
É preciso estar logado para comentar. Clique aqui para fazer seu login gratuito.

 
     
![Thierry Fischer à frente da Osesp [Divulgação] Thierry Fischer à frente da Osesp [Divulgação]](/sites/default/files/styles/menu_preview/public/w-osesp_fischer_0_0_0.jpg?itok=aRWj1FY4) 
![Cena da montagem de 'Macbeth' no Municipal [Divulgação/Rafael Salvador] Cena da montagem de 'Macbeth' no Municipal [Divulgação/Rafael Salvador]](/sites/default/files/styles/menu_preview/public/w-142_Rafael%20Salvador_CR5_0110.jpg?itok=9nSQSOaC) 
![O maestro Ira Levin [Divulgação] O maestro Ira Levin [Divulgação]](/sites/default/files/styles/menu_preview/public/w-ira_levin_0.jpg?itok=oyMgQ4Fy) 
![O maestro Jac van Steen [Divulgação] O maestro Jac van Steen [Divulgação]](/sites/default/files/styles/menu_preview/public/w-Directie-Master-Jac-van-Steen.jpg?itok=QfcfR9A5) 
![A compositora Michelle Agnes [Divulgação] A compositora Michelle Agnes [Divulgação]](/sites/default/files/styles/menu_preview/public/w-michelle_agnes_0.jpg?itok=M7cpuaC8) 
![Cena da produção da ópera 'Yerma', de Villa-Lobos, na Ópera de Tenerife [Auditorio de Tenerife/Miguel Barreto] Cena da produção da ópera 'Yerma', de Villa-Lobos, na Ópera de Tenerife [Auditorio de Tenerife/Miguel Barreto]](/sites/default/files/styles/menu_preview/public/yerma_Auditorio%20de%20Tenerife_Miguel%20Barreto.jpg?h=0003df9a&itok=kuN8DCx9) 
![O compositor Marcos Padilha [Divulgação/Carlos Bassan/marcopadilha.com] O compositor Marcos Padilha [Divulgação/Carlos Bassan/marcopadilha.com]](/sites/default/files/styles/menu_preview/public/w-marco_padilha_carlos_bassan.jpg?itok=gHyhiHPH) 
![A mezzo soprano Elina Garanca [Divulgação] A mezzo soprano Elina Garanca [Divulgação]](/sites/default/files/styles/menu_preview/public/w-Garanca_c_HolgerHage.jpg?itok=YgIYXBcG) 
![Fabio Martino durante concerto com a Osesp [Divulgação] Fabio Martino durante concerto com a Osesp [Divulgação]](/sites/default/files/styles/menu_preview/public/w-FABIO_MARTINO_OSESP%20%281%29.jpg?itok=0HL92UQe) 
 
 
 
 
 
 
        
Comentários
Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não refletem a opinião da Revista CONCERTO.