Associação Coral da Cidade de São Paulo encena ‘La bohème’, de Puccini, e lança temporada 2020

por Redação CONCERTO 29/11/2019

A Orquestra Acadêmica de São Paulo e o Coral da Cidade de São Paulo apresentam a partir deste sábado, dia 30, mais uma produção operística. Depois de uma montagem de A flauta mágica, os grupos, seu maestro Luciano Camargo e o diretor cênico Rodolfo Garcia Vasquez encenam La bohème, uma das mais célebres de Puccini.

Estreada em 1896, a ópera é baseada no livro Cenas da vida boêmia, de Henri Murger, e gira em torno de um grupo de jovens artistas que vivem em Paris, com destaque para a história de amor entre poeta Rodolfo e a florista Mimi.

A produção, que terá récitas no Teatro Bradesco nos dias 30 de novembro e 1º, 7 e 8 de dezembro, conta com grande elenco, com destaque para a soprano Camila Rabelo (Mimi), o tenor Eduardo Trindade (Rodolfo), o barítono Rodolfo Giuliani (Marcello) e a soprano Jayana Paiva (Musetta).

“Nossa escolha de títulos envolve um delicado e complexo processo de avaliação. Como a temporada lírica é realizado no Teatro Bradesco, dentro de um shopping, temos consciência de que atingimos um público que, em grande medida, está assistindo uma ópera pela primeira vez. Com essa perspectiva, nos preocupamos em oferecer títulos emblemáticos, que possam proporcionar uma compreensão ampla do universo da ópera”, explicou o maestro Luciano Camargo em entrevista à Revista CONCERTO de novembro.

“Ao mesmo tempo, sabemos que a produção de óperas na cidade vive um momento difícil, e que o público tradicional da ópera espera montagens novas e inovadoras. Por isso temos uma proposta cênica diferente, com um diretor de teatro experimental, que traz uma vivência completamente diferente do tradicional mundo da ópera, que é o diretor Rodolfo García Vázquez da companhia Os Sátyros, da Praça Roosevelt. Nossas montagens então combinam uma proposta de qualidade musical apurada com uma nova visão sobre as encenações”, completa Camargo.

A temporada de 2020 já está montada. A abertura será em fevereiro com A flauta mágica, de Mozart, que ganhará uma versão para o público infantil, cantada em português. Participam da montagem cantores como as sopranos Jéssica Leão, no papel de Rainha da Noite, e Camila Rabelo, como Pamina.

Em junho, estreia uma nova produção de La traviata, de Giuseppe Verdi, com direção cênica de Rodolfo García Vázquez, que “pretende trazer para a ópera o mundo underground dos espetáculos da companhia teatral Os Sátyros”, da qual é diretor.

Em setembro, volta ao palco a produção de Vázques para Carmen, de Bizet, estreada em 2018: serão sete apresentações. E, encerrando o ano, uma nova montagem de As bodas de Fígaro, de Mozart, uma das maiores comédias musicais de todos os tempos, baseada em Beaumarchais com libreto de Lorenzo da Ponte e com forte caráter de crítica social.

Além das óperas, serão três concertos sinfônicos: em fevereiro, o programa traz a cantata Carmina burana, de Carl Orff, antecedida do primeiro ato da ópera Édipo Rei, do próprio maestro Luciano Camargo; em maio, será a vez de um concerto inteiramente dedicado a Villa-Lobos, com destaque para os Choros nº 10; e, em dezembro, uma homenagem pelos 250 anos de nascimento de Beethoven, com a Missa solene.

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 Preparação dos cenários de La boheme, de Puccini [Reprodução]
Preparação dos cenários de La boheme, de Puccini [Reprodução]

 

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