Theatro Municipal de São Paulo estreia ‘Carmen’ ambientada na Espanha franquista

A temporada lírica do Theatro Municipal de São Paulo tem continuidade esta semana com uma nova produção da ópera Carmen, de Bizet, assinada pelo diretor cênico Jorge Takla e pelo diretor musical Roberto Minczuk.  A estreia acontece na sexta, dia 3, e as récitas estão marcadas para os dias 4, 5, 7, 8, 10 e 11. 

Carmen é baseada no livro de Prosper Merimée e mostra o conflito entre uma mulher de espírito livre e um homem que representa as convenções da sociedade. A ópera estreou em 1875 e hoje é compreendida como o início do realismo no gênero. 

Em sua concepção, Takla ambienta a história no mundo da moda. A fábrica de cigarros se transforma em um ateliê da Espanha sob a ditadura franquista. E Carmen é uma modelo de destaque nesse universo fashion que começa a ganhar forma naquela época.

“É uma leitura tradicional na leitura das personagens, mas muda a ambientação, de forma que entramos no universo dessas pessoas de uma maneira mais mágica”, diz o diretor. “Há sempre de se tomar cuidado com aggiornamentos. É como uma escultura: dependendo do modo como ilumina a obra, você pode estragá-la. Mas acredito que as mudanças aqui constroem uma leitura sólida.”

Dois elencos vão se revezar nos papeis principais. Nos dias 3, 5, 8 e 11, cantam Annalisa Stroppa (Carmen), Max Jota (Don José), Camila Provenzale (Micaela) e Fabian Veloz (Escamillo). Nos dias 4, 7 e 10, os papeis serão interpretados por Lilia Istratii, Giovanni Tristacci, Marly Montoni e Bongani Justice Kubh. 

Raquel Paulin (Frasquita), Andreia Souza (Mercedes), Jean William (Remendado), Johnny França (Dancaire), Guilherme Rosa (Morales), Sergio Righini (Zuniga) e Marcio Louzada (Lillas Pastia) participam de todas as récitas, assim como os músicos da Orquestra Sinfônica Municipal e do Coro Lírico Municipal.

Veja mais detalhes no Roteiro do Site CONCERTO

Leia também
Notícias Coral Paulistano faz recital dedicado à música da América Latina
Notícias Osesp e Grupo Corpo apresentam espetáculo com música de Marco Antônio Guimarães e Alberto Ginastera
Crítica Vikingur Ólafsson: um Bach para carregar no coração pelo resto da vida, por Irineu Franco Perpetuo
Opinião Governo afronta TV Cultura, por Nelson Rubens Kunze