Theatro São Pedro terá onze óperas em sua temporada 2022

por Redação CONCERTO 22/12/2021

Obras estão divididas em nove espetáculos; séries de balés, concertos e recitais vão celebrar bicentenário da Independência e lembrar os 100 anos da Semana de 22

Nove espetáculos e onze óperas; duas apresentações conjuntas com a São Paulo Companhia de Dança; concertos sinfônicos; música de câmara para relembrar os 200 anos da Independência; série de concertos e palestras dedicadas ao centenário da Semana de Arte Moderna. É a partir desse cardápio variado que o Theatro São Pedro de São Paulo vai construir sua programação 2022.

Na ópera, a programação começa em março, com uma dobradinha composta por dois títulos de Pergolesi: La serva padrona e Livietta e Tracollo, que serão dirigidas por Luis Otávio Santos e Mauro Wrona, com a soprano Marília Vargas no elenco.

Em seguida, em abril, Bellini: Os Capuletos e os Montéquios, com direção musical de Alessandro Sangiorgi e direção cênica de Antonio Araújo. No elenco, Denise de Freitas, Carla Cottini, Aníbal Mancini, Douglas Hahn e Anderson Barbosa.

Vinte e cinco récitas de West Side Story, de Leonard Bernstein, vêm na sequência, entre julho e agosto, com direção de Claudio Botelho e Charles Möeller e regência de Claudio Cruz.

Encomenda do Theatro São Pedro, O canto do cisne, com libreto de Lívia Sabag a partir de Tchekov e música de Leonardo Martinelli, estreia no final de agosto. O elenco é formado por Eliane Coelho, Mauro Wrona e Lício Bruno. Livia assina a direção cênica e Gabriel Rhein-Schirato, a direção musical. O espetáculo também terá a ópera Palestra sobre pássaros aquáticos, de Dominick Argento, também inspirada em Tchekov.

Depois de Os sete pecados capitais, o maestro Ira Levin e o diretor Alexandre dal Farra retornam ao universo de Kurt Weill e Bertold Brecht com A ópera dos três vinténs, atração de setembro. Com Leonardo Neiva, Lina Mendes, Luísa Francesconi, Homero Velho e Juliana Taino. 

Em outubro, serão apresentadas as óperas resultantes da primeira edição do Atelier de Composição do Theatro São Pedro, que uniu jovens libretistas e compositores em torno da criação de novas obras.

Novembro leva ao palco Ariadne em Naxos, de Strauss, com regência de Felix Krieger e direção de Pablo Maritano e um elenco formado por Eiko Senda, Luisa Francesconi, Eric Herrero, Giovanni Tristacci e Vinicius Atique.

“Dois eixos se definem dentro da programação lírica de 2022. O primeiro eixo da temporada é a trilogia dos amores impossíveis, que traz títulos que retratam com linguagens musicais distintas o drama dos amantes que não conseguem viver juntos seu amor. A trilogia contempla Os Capuletos e os Montéquios, de Bellini, West Side Story, de Bernstein, e Ariadne em Naxos, de Strauss. Já o segundo eixo da programação reforça as decisões artísticas dos últimos anos feitas desde que a Santa Marcelina Cultura assumiu a gestão do teatro. A ênfase continua sendo privilegiar o repertório barroco, clássico e do bel canto, e a escolha dos títulos mais contemporâneos e de encomendas de obras. Dentro deste eixo teremos Pergolesi e as duas obras com libretos adaptados de Anton Tchekhov”, afirma Paulo Zuben, diretor artístico-pedagógico da Santa Marcelina Cultura.  

A Academia de Ópera fará, por sua vez, dois espetáculos. Em junho, Viva la Mamma, de Donizetti, com André dos Santos e Julianna dos Santos na direção; e, em outubro, El barberillo de Lavapiés, de Barbieri, com Priscila Bonfim e Mauro Wrona.

Celebrando o centenário da Semana de Arte Moderna, serão apresentados dois balés, em parceria com a São Paulo Companhia de Dança. O primeiro, Di / Madrugada, estreia em maio, com direção musical de Claudio Cruz. O segundo, Um sopro.../ Infinitos traçados, tem direção de William Pereira, direção musical de Ricardo Ballestero e direção de dança de Inês Bogéa. 

Serão dois os concertos sinfônicos. Em maio, Ricardo Kanji rege apresentação dedicada ao bicentenário da Independência. E, em setembro, Ira Levin interpreta obras de Haydn, Schoenberg e Vorízek. 

Na música de câmara, a programação inclui 30 recitais e vai comemorar o Bicentenário da Independência e a o Centenário da Semana de Arte Moderna. Há ainda uma série dirigida por Ricardo Ballestero, que fará um percurso entre dois ciclos temporais: o primeiro, de 1822 a 1922, que perpassa desde a Independência do Brasil até a Semana de Arte Moderna; e o segundo, de 1922 até 2022, refletindo sobre as inquietações que o movimento modernista discutiu e seu impacto na atualidade. Também está programada uma série de concertos e palestras batizada de Semana de Arte Moderna: passado, presente e futuro, com curadoria de Camila Fresca.

Clique aqui para ver a programação completa.

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Theatro São Pedro [Divulgação]
Theatro São Pedro [Divulgação]

 

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