O pianista Fabio Martino e a Orquestra Sinfônica de Piracicaba fazem neste fim de semana a estreia mundial do Concerto para piano e orquestra de Alexandre Guerra, obra inspirada no livro O retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde.
“É uma peça marcada por muita interação entre piano e orquestra, com momentos bem difíceis”, diz Martino em entrevista publicada na edição de outubro da Revista CONCERTO [leia aqui; acesso exclusivo para assinantes].
“Todo o conflito da partitura nasce da ideia desse pacto que faz com que o quadro, e não Dorian Gray, envelheça. É um pacto que carrega insegurança, insatisfação, vaidade.”
Martino tem se dedicado ao trabalho com a obra de Guerra, de quem gravou recentemente as Variações sobre Edward Hopper, álbum disponível nas plataformas digitais.
“Para qualquer música que eu toque, sempre procuro criar internamente uma relação entre imagem e som que me ajuda a traçar um fio interpretativo que pense a obra como um todo. Então, a relação com a música de Alexandre foi bem imediata, sempre me senti no controle da linguagem, desde que toquei pela primeira vez a Fantasia Camille Rodin”, diz o pianista.
“No caso de Hopper, há um aspecto importante: ele retratou em seus quadros a solidão nos grandes centros urbanos, a falta de interação entre as pessoas, cada um vivendo em seu canto. É algo extremamente atual, com as pessoas sozinhas em seus celulares. A música de Alexandre nos propõe essa reflexão.”
Veja mais detalhes no Roteiro do Site CONCERTO
![O pianista Fabio Martino [Divulgação/Vitoria Proença]](/sites/default/files/inline-images/w-Fabio-Martino_Vitoria-Proenca-34_0.jpg)
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