Morre o maestro e compositor Jack Fortner

Morreu nesta sexta-feira, dia 26, em Santos, no litoral de São Paulo, o compositor norte-americano Jack Fortner. Com uma profunda ligação com a cena musical brasileira, ele nasceu em 1935 em Michigan e era diretor artístico da Orquestra de Câmara Orpheus.

Fortner começou na música ligado ao jazz, tocando saxofone em big bands em turnês pelos Estados Unidos. Nos anos 1960, já atraído pelo mundo da música clássica contemporânea, foi estudar composição com Hall Overton na Juilliard School of Music.

Em pouco tempo, tornou-se nome central na criação norte-americana, recebendo prêmios e bolsas importantes. Ao mesmo tempo, atuou como regente em grupos como a Merced Symphony, a Grand Rapids Symphony e a Detroit Symphony, além de dar aulas na Universidade de Michigan.

A partir dos anos 2000, passou a trabalhar na América Latina. No Brasil, teve obras estreadas por conjuntos como a Sinfônica de Campinas, a Sinfônica Municipal de Santos e a Sinfônica de Ribeirão Preto e o Trio Puelli. 

Próximo do compositor Gilberto Mendes, a quem dedicou Granite Blocks/Quiet Water, foi diretor artístico em 2010 de um disco em torno de sua obra. Também atuou em edições do Festival Música Nova, criado por Mendes, em Santos, São Paulo e em Ribeirão Preto, onde o evento foi encampado pela USP.

Em 2017, Fortner também dirigiu o projeto do CD Música Nova, em que atuou também como regente do Ensemble Música Nova em obras de Gilberto Mendes, Leonardo Martinelli, Silvio Ferraz e Paulo Costa Lima, além de composições suas.