Paulo Chaves, ex-secretário da Cultura do Pará, morre aos 75 anos

por Redação CONCERTO 17/03/2021

Arquiteto liderou o restauro de monumentos históricos da capital paraense, como o centenário Theatro da Paz

O arquiteto Paulo Chaves, ex-secretário da Cultura do estado do Pará, faleceu nesta quarta-feira, dia 17, em Belém do Pará. Ele sofria de Parkinson e morreu por problemas cardíacos, após internação de 37 dias no Hospital Beneficente Portuguesa. Chaves, filiado ao PSDB, foi secretário municipal de Cultura de Belém (1983 a 1986) e secretário de estado da Cultura nas gestões dos governadores Almir Gabriel (de 1995 a 2003) e Simão Jatene (em dois períodos, de 2003 a 2007 e de 2011 a 2018), somando mais de 20 anos no cargo.

Em seus mandatos realizou obras que impactaram profundamente o espaço urbano e as construções históricas de Belém, como o Parque da Residência, a Estação das Docas, o Espaço João José Liberto, o Mangal das garças e o complexo Feliz Lusitânia, que compreende a Igreja Santo Alexandre, o Forte do Presépio e a Casa das Onze Janelas.

Paulo Chaves também liderou o restauro do centenário Theatro da Paz, reinaugurado em 2002. Foi em seu mandato, tendo como diretor do teatro o pesquisador e especialista em óperas Gilberto Chaves, seu primo, que foi criada a Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz (1996) e depois o Festival de Ópera do Theatro da Paz (2002). 

[Errata (18/03/2021 às 9h00): A Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz foi criada antes do Festival de Ópera do Theatro da Paz. O texto foi corrigido.]

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Paulo Chaves [Divulgação Agência Pará / Cristino Martins]
Paulo Chaves (divulgação Agência Pará / Cristino Martins)

 

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Paulo Chaves deixou um incontestável legado para a cidade de Belém, principalmente como resultado da sua atuação ligada à preservação, revitalização ou criação de importantes espaços arquitetônicos de uso público para esta capital.
Entretanto, gostaria de fazer uma correção histórica.
A criação da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz (OSTP) ocorreu no ano de 1996. Ou seja, anterior ao surgimento do Festival de Ópera do Theatro da Paz e anterior ainda ao Festival Internacional de Ópera da Amazônia: primeira iniciativa de festival operístico realizado no transcurso da história recente do Theatro da Paz. Portanto, o advento de festivais de ópera em Belém deu-se, também, porque já existia há alguns anos uma orquestra em atividade regular na cidade, e não o contrário, como sugeriu o texto desta reportagem.
Trago aqui um pouco do meu testemunho pessoal, como músico integrante da primeira formação da OSTP, mas as informações sobre esta orquestra também estão disponíveis no site do Theatro da Paz.

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