Guilherme Mannis, diretor artístico e regente titular da Orquestra Sinfônica de Sergipe
“2020 foi um ano de muita superação para a Orquestra Sinfônica de Sergipe. As dificuldades oriundas da inesperada situação sanitária exigiram de todos uma capacidade sobre-humana de adaptação, para que conseguíssemos atingir nosso público e seguir nossas atividades. A migração total para meios digitais tornou-se imperativa, e mesmo quando os encontros musicais para a performance voltaram a ser permitidos, estes precisaram ser gravados e transmitidos, recriando-se uma relação de confiança com a sociedade por intermédio das telas de celular, computador e TV.
Os grandes desafios de programação, neste aspecto, fizeram com que voltássemos a atenção para um riquíssimo material camerístico, por vezes tão esquecido em nossas temporadas. A união digital de grupos artísticos brasileiros, por meio da criação do Fórum Nacional de Ópera, Dança e Música de Concerto, foi também um aspecto positivo do período, e ajudou-nos mutuamente a encarar os desafios do novo panorama.
Entre os destaques de nosso grupo, destaco o inovador projeto de Temporada Digital, com 11 concertos inéditos transmitidos pela TV pública local, a publicação de mais de 150 vídeos com produção de nossos músicos e a realização de 50 lives, com temáticas variadas.
O retorno gradual às atividades, em perspectiva econômica desfavorável, torna-se o próximo capítulo desta situação. É necessário que os diretores artísticos ampliem ainda mais a sua capacidade de adaptação, sensibilizando o seu público e os gestores, dinamizando nossa atuação. É dever nosso movimentar, instigar, propor saídas, trabalhar incansavelmente para manter vivos nossos grupos, que tanto impulsionam a cena cultural em nosso cenário. No âmbito desta depressão econômica, social e psicológica que atravessamos, a arte nunca foi tão fundamental.”
![[Divulgação / Venancio Filho]](/sites/default/files/inline-images/Guilherme-Mannis---cr%C3%A9dito-Venancio-Filho.jpg)
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