“Precisamos dar um basta nessa história gasta de ‘decadência’ do Municipal”, diz Heller-Lopes

por Nelson Rubens Kunze 22/08/2019

Em entrevista exclusiva à Revista CONCERTO, o diretor artístico do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, André Heller-Lopes, diz que na excelência artística está um dos caminhos do resgate da instituição e confirma a indicação do maestro norte-americano Ira Levin como regente titular 

O diretor artístico do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, André Heller-Lopes, confirmou que o maestro norte-americano Ira Levin será o novo regente titular da Orquestra Sinfônica do teatro. Conforme Heller-Lopes, o nome de Ira Levin foi aprovado pelo secretário Ruan Lira e pelo presidente da Fundação TMRJ. “Estamos na fase de trâmites burocráticos para a nomeação, como é normal”, afirmou.

Na entrevista, Heller-Lopes também fala da programação do Municipal. Afirma que a casa sempre esteve voltada para a “multiculturalidade”, mas faz uma defesa explícita da ópera, do balé e da música de concerto: “Eu defendo, portanto, a vocação original da casa [ópera e balé], não em exclusão a nenhuma expressão artística. O teatro pode dar acesso a um grande e novo público à opera, ao balé e à música de concerto, e a preços reduzidos”.

Para o diretor, “precisamos dar um basta nessa história gasta de ‘decadência’ do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Vejo muita gente sair com vaticínios apocalípticos sobre o TMRJ – e vários outros teatros, aliás – sem quase nunca oferecer uma solução. E poucas vezes comparecem ao teatro para ver os espetáculos. Estamos em equipe procurando virar o jogo. Vai funcionar? Não sei. Mas tento”.

Leia a seguir a entrevista completa de André Heller-Lopes:

André Heller-Lopes, diretor artístico do Theatro Municipal do Rio de Janeiro [divulgação]
André Heller-Lopes, diretor artístico do Theatro Municipal do Rio de Janeiro [divulgação]

Revista CONCERTO: Há alguns meses a Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro (OSTM) está sem regente titular. Quando será anunciado o novo maestro? 
André Heller-Lopes
: O processo de escolha de um novo nome e sua nomeação é lento, tem de respeitar certos ritos. Ao indicar um nome ao secretário Ruan Lira, eu queria ter certeza de que teria alguém à altura do que o Rio precisa e tão bom quanto o maestro Luiz Fernando Malheiro. Era preciso um período de “namoro” entre orquestra e maestro, que deu muito certo.
Então indiquei o maestro Ira Levin, que foi convidado pelo secretário Ruan Lira para assumir o cargo. Os detalhes já foram acertados com o presidente da Fundação TMRJ, Aldo Mussi, e estamos na fase de trâmites burocráticos para a nomeação, como é normal. 
Minha indicação ao secretário dispensa apresentações: Ira Levin passou com enorme sucesso pelo Municipal de São Paulo, pelo Teatro Nacional de Brasília e pelo Teatro Colón. Mais importante, Ira Levin e eu somos muito afinados em termos de repertório e ideias – e temos um compromisso tanto com praticidade como com qualidade. Quero pensar nele como um “Generalmusikdirektor”, o diretor musical da casa. Acredito muito que na excelência artística está um dos caminhos do resgate da instituição, da virada de jogo.

Qual será a temporada de concertos, balés e óperas do Theatro Municipal até o fim do ano?
O teatro tem uma programação quase diária, como você sabe. Junto com os permissionários, é palco das grandes séries de concertos internacionais, recebe espetáculos de dança contemporânea, eventos de perfil mais popular etc. A tal da “multiculturalidade” está presente na nossa programação desde há muito tempo. Mas não podemos esquecer que ópera e balé fazem parte desse “multi”, e em nenhum outro palco no Rio de Janeiro eles podem ser tão idealmente servidos como no TMRJ. Eu defendo, portanto, a vocação original da casa, não em exclusão a nenhuma expressão artística. O teatro pode dar acesso a um grande e novo público à opera, ao balé e à música de concerto, e a preços reduzidos.
Tendo em mente esse enorme número de parceiros – já temos a agenda de 2020 fechada com os mais importantes –, a programação própria do TMRJ é a estrela da festa, e funciona pelo sistema internacional de stagione: ao menos um grande evento nosso por mês. 

E como será a programação para este segundo semestre?
Em agosto já tivemos Pedro e o Lobo, um espetáculo educativo que faz parte da série Arte & Educação. Devemos repetir mais vezes ao longo deste ano e no ano que vem. Seguimos no dia 25 com o concerto das Grandes Vozes, que terá Michael Fabiano com a OSTM sob regência de Ira Levin. No dia 31, parceria com a Cia de Ópera SP, é a vez da soprano Maria Pia Piscitelli apresentar a “Trilogia Tudor”, com solistas, OSTM, coro e regência também de Ira Levin.
Em setembro teremos o balé Coppélia de Délibes com o balé do TMRJ, OSTM, regência de Tobias Volkmann, na coreografia clássica de Enrique Martinez e direção de Dalal Achcar. Serão 10 récitas, ao menos uma para escola e uma a R$1.
Em outubro, no dia 13, mais uma atração de Grandes Vozes, com a soprano Lisette Oropeso e a orquestra. E no dia 25 estrearemos a produção da ópera Orphee, de Philip Glass, uma estreia latino-americana. Serão cinco récitas. Teremos no elenco cantores como Neiva, Bauerfeld, Caramujo (Portugal), Tristacci, Neves e Lima. A regência será de Priscila Bomfim, a direção cênica de Felipe Hirsch e os cenários de Daniela Thomas. 
Em novembro, no dia 15, teremos novamente Grandes Vozes, com a soprano Hibla Gerzmava, OSTM e regência de Ira Levin.
Daí, então, damos início ao projeto que chamei de “Verão russo”, cujos detalhes finais ainda serão confirmados. O plano é ter a ópera Eugene Oneguin (estreia 24 novembro, 6 récitas sendo 1 para escola) e o balé O lago dos cisnes, em dezembro, ambos de Tchaikovsky. 
Oneguin tem no elenco Velho, Considera, Francesconi, Herrero e direção do mesmo trio feminino que fez Alma, de Santoro, em Manaus: Julianna, Giorgia e Laura. Coro e OSTM regência Ira levin. Aliás, a abertura de espaço no TMRJ para maestros e equipes criativas femininas é um compromisso meu – Os contos de Hoffmann, no primeiro semestre, foi regido pela Priscila Bomfim, e Oneguin tem essa equipe dando uma leitura feminina, jovem, ao título.

Do que depende a confirmação deste “Verão russo”?
O “Verão russo” está ainda a confirmar porque a entrada do Ira Levin vem como um fator importante e queria dar a ele liberdade para trabalhar os pontos que acha mais importantes. Além disso, até há pouco íamos fechar o ano com o projeto de um novo Quebra-nozes. Porém, refazer inteiramente esta produção num ano de chegada da nova gestão – e o Quebra-nozes é um espetáculo tão emblemático do TMRJ – parece-me um risco desnecessário. Prefiro ser prudente e deixar Quebra-nozes já agendado para dezembro de 2020. A programação está já em fase de definição final.

O financiamento dessa programação está assegurado? Há patrocinadores ou será o próprio Estado que bancará as produções?
Essa questão caberia mais ao secretário ou ao presidente responder, pois minha área é a artística – e o fortalecimento da instituição através deste. Mas, claro, o Estado e a Secec são os principais patrocinadores do TMRJ. É graças a verba que Ruan Lira defende junto ao Governo que se garante a existência da casa, de seus corpos e da programação. Foi ele também que possibilitou que a verba que entra de aluguéis sirva para a programação. A Petrobras entra com um muito generoso e importante patrocínio Ouro, assim como também temos ajuda da Eletrobrás, bem como de outras empresas de menor porte além de doações de pessoas físicas. É uma conta justa, feita com muita prudência e sem desperdícios. Todos os artistas têm sido muito generosos comigo e com o TMRJ, e sabem que nesta casa terão a melhor experiência artística possível, com muito respeito – e especial carinho com os artistas brasileiros e latino-americanos. Em relação ao financiamento, a única parte que falta ainda assegurar é justamente o “Verão russo”. 

Dada a realidade econômica do país e do estado do Rio de Janeiro, até onde é possível chegar com a programação artística no TMRJ? Como essa realidade interfere ou limita a sua direção artística?
Interfere exatamente como em qualquer teatro do Brasil ou do mundo. Essas limitações podem ser impostas por falta de recursos, por questões técnicas do palco ou por regras de ensaios, por exemplo. O meu trabalho é de produzir a melhor solução artística dentro da realidade que temos. A fantasia, eu deixo para o palco e para o público. 
Como disse, sempre há limites a serem seguidos. Por exemplo, eu fiz este ano Aida na Alemanha, uma experiência maravilhosa, mas onde também tive de lidar com a realidade da disponibilidade de coro para ensaios, que foi um desafio a ser vencido. No Rio, fizemos o celebre balé do Fausto, que não será possível em Santiago como não foi em Manaus – e não há mal nisso: é apenas a questão da versão musical pela qual cada lugar vai optar fazer. Em Bogotá, onde dirijo A raposinha astuta, teremos de cortar 20 minutos de música porque é um espetáculo ao ar livre e tem demandas de duração. Uma vez em Lisboa, tive 20 minutos para adaptar uma Dido e Enéas do ar livre para um salão, porque choveu... Você entende meu ponto? Realidade quase sempre traz desafios. Mas eu, depois de uns bons acertos e erros, aprendi a ser parte da solução, não do problema.
O resumo da ópera é que o cargo do diretor artístico é o de um profissional que busca e encontra soluções – eis minha “arte” quando não estou encenando. 

Quais seriam seus desejos artísticos para o Theatro Municipal do Rio de Janeiro?
Sejamos práticos: o repertório ainda a ser explorado no Rio de Janeiro é imenso. Há décadas merecemos um repertório mais variado. Ao mesmo tempo, obras como Oneguin ou Don Giovanni não são ouvidas no TMRJ há 30 anos. Nesse momento, penso que as escolhas têm de ser guiadas no sentido de fortalecer a instituição. Escolhas que sejam desafios artísticos, que tenham coisas novas, mas que insistam na excelência artística e no resgate de público. Precisamos dar um basta nessa história gasta de “decadência” do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Vejo muita gente sair com vaticínios apocalípticos sobre o TMRJ – e vários outros teatros, aliás – sem quase nunca oferecer uma solução. E poucas vezes comparecem ao teatro para ver os espetáculos. Estamos em equipe procurando virar o jogo. Vai funcionar? Não sei. Mas tento. 
Então pergunto: não seria mais justo prestar atenção também nas soluções, no que estamos conseguindo conquistar? Ponderar sobre o positivo da mesma forma que se filosofa sobre o iminente apocalipse lírico? 
O fato é que cumprimos toda programação prometida para o primeiro semestre, e Fausto teve sete récitas lotadas. Foi um êxito absoluto! E, sim, nós nos orgulhamos dessa primeira batalha ganha numa guerra.
Sobre o futuro, posso dizer que a temporada de 2020 está toda alinhavada, e agora tento fechar parcerias com São Paulo, Minas Gerais e América Latina. Mas meu alvo, costumo brincar, é a temporada de 2047... é o legado!

Na minha opinião, um dos principais sinais de que uma orquestra ou teatro tem compromisso com a comunidade e de que ele atende a sua missão cultural é quando ele consegue oferecer assinaturas para os espetáculos de sua programação. Você vê possibilidade para isso (planos de assinaturas) no curto prazo? Isso está em seu radar? 
No radar sempre está. Mas não vejo como prioridade. Esse assunto das assinaturas já foi discutido amplamente numa recente reunião da OLA (Ópera Latinoamérica). Lembro de conversar com o Frank Marmorek, da Buenos Aires Lírica, sobre o tema também. Talvez tenhamos de entender que esse sistema mudou, que por toda parte o interesse em assinaturas perdeu força.
Seria bom, claro. Mas meu foco está mais em resgate e formação de plateia; reabrir um ópera studio, ter mais espetáculos a preços reduzidos, programas que tragam jovens à ópera e ao balé, ingressos uma hora antes... São caminhos, eu estou buscando o meu que, confesso, é muito influenciado pelo que vivi na Europa, especialmente no Covent Garden de Londres. 

Quando de sua saída do TMRJ, em maio passado, o maestro Luiz Fernando Malheiro divulgou um comunicado em que levantou algumas questões críticas sobre as condições do teatro, que estaria “em deprimente estado de deterioração, física, institucional e psicológica”. Como você vê essa avaliação? 
Malheiro é um parceiro querido, que ajudou muito no começo desta gestão, sou-lhe grato pelo carinho e profissionalismo. Já fizemos junto muitas coisas legais e certamente teremos outros projetos futuros. Ele tem as opiniões dele, que eu respeito; cada um de nós faz suas avaliações e toma suas decisões de acordo com suas experiências. 
Mas não cabe a mim discutir suas afirmações. Eu estou focado em, junto com o secretário, com Ira Levin e com toda equipe, buscar minhas soluções, baseadas na minha experiência profissional. Tenho certeza de que o maestro Malheiro torce para o nosso sucesso e que num futuro próximo virá reger aqui.

O Theatro Municipal do Rio de Janeiro é o maior – e provavelmente o mais importante – equipamento para a produção lírica no país. No entanto, desde há muitos anos, em razão da crise econômica e também em razão de seu modelo de gestão, o teatro não consegue estabelecer uma temporada regular como seria desejável – digamos, uma temporada de ao menos 8 títulos, bem produzida, anunciada com antecedência... Como você vê essa situação? 
Fico muito orgulhoso de que você veja o TMRJ como maior ou mais importante. São 2.360 lugares ou mais, é verdade, e um desafio em dobro para encher esses assentos. Mas não penso que haja um mais importante. Procuro pensar que somos, todos os teatros, parte de uma luta para que haja mais e mais acesso ao tipo de arte que defendemos. 
A crise a que você se refere, sim, desde há muitos anos, faz parte de um processo histórico – e é comum a todo Brasil, diria até América Latina. Poderíamos fazer uma verdadeira dissertação para identificar o que causou esse triste fenômeno de perda de espaço e enfraquecimento das instituições. Mas acho que, além de pensar nas soluções, temos de entender, não o que outros fizeram de errado, mas sim onde nós mesmos erramos. A falta de continuidade é um problema sério, mas talvez seja mais sério, que a própria classe sempre pareceu testemunhar impassível a quebra de qualquer projeto de continuidade. Não?
Agora, essa temporada de 8 títulos soa como uma quimera! Há algum teatro no Brasil que vá terminar 2019 com esse número? Não me parece. Se o projeto “Verão russo” acontecer como planejado, poderemos até dizer que o TMRJ, entre óperas e balés, terminará o ano de 2019 com 8 títulos, mas é cedo para cantar essa vitória. 
O fato de nenhum teatro no Brasil ter esse número de títulos – aliás, acho que na América Latina só o Colón – faz concluir, tristemente, que temos de pensar um pouco mais prudentemente antes de dar esse salto, de 1 título para 8. Não são poucos os exemplos de projetos que naufragaram justamente porque tentaram passar de uma realidade brasileira para um devaneio de recorte europeu. As instituições não suportam, como não suportaram no passado, projetos calcados num ego ou num devaneio. Prefiro dar um passo por vez. Repito: a fantasia, a gente deixa para a cena...

Entendi mal ou você diz que 8 títulos para o TMRJ são um “devaneio de recorte europeu”? Se é isso mesmo, você acha que vale a pena sustentar com dinheiro público uma estrutura que tem centenas de artistas – orquestra sinfônica, coro, balé – e custa milhões de reais por mês? Essa estrutura também não tem “recorte europeu”?
Efetivamente você entendeu mal o que eu pretendi dizer com relação a “devaneio de recorte europeu”. O que eu proponho tão somente é ter prudência. O “devaneio” a que me referi é aquele que acha que podemos gastar alguns milhões em cada titulo, trazendo apenas artistas de fora e deixando os artistas nacionais ou latino-americanos em papel menor que secundário, com condições financeiras e artísticas muito inferiores aos seus colegas. Apenas isso. 
Acho, também, que passar 1 ou 2 títulos para 8, em um ano, pode ser como forçar um músculo. Nenhum teatro no Brasil fez 8 títulos em 2017, 2018, nem parece que vai fazer em 2019 – será que isso não significa que, embora seja, sim, um objetivo termos temporadas de 8, 16, 32 títulos, nesse momento é mais prudente fazer 5, mas bem feitos? 
Estamos no começo de um governo e de uma gestão. O secretário é muito focado em sanar finanças e virar o jogo. É alguém que escuta e troca ideias. Sinto que temos 4 anos para desenvolver um projeto sólido, que fortaleça a instituição. Não estou atrás de um golpe de marketing que prometa o melhor dos mundos de uma hora para outra. O objetivo de poder oferecer muitos títulos e de ampliar a temporada está claro; mas da minha parte eu quero fazer tudo com prudência. Quero criar demanda de público. 
O TMRJ tem sua vocação, sim, eu tenho meus gostos pessoais como artista, sim, mas o TMRJ recebe muitas formas de expressão artística, e assim tem de ser. Um equipamento público tem de atender e dar acesso ao maior número de público e diversidade de gostos. Ópera e balé, tal qual jiló, não se enfia goela abaixo e todos gostam... mas faça uma boa receita, com carinho e tempero de avó, e a memória do paladar, do gosto fica para sempre. 

Antes você falou em falta de continuidade, e eu concordo. Mas como construir um modelo que seja voltado à missão cultural do teatro e desvinculado dos interesses político-partidários mais imediatos? O que seria necessário para o TMRJ funcionar como uma casa de ópera moderna do século 21?
Como construir um modelo que seja voltado à missão cultural do teatro? Acho que essa é a pergunta-desafio para todos que se dispõem a sacrificar um pouco das suas vidas e carreiras artísticas a gerir um teatro. Acho que seria presunção pensar que tenho a resposta. Nesses últimos anos aprendi a respeitar as decisões dos outros, mesmo quando não concordo; aprendi a respeitar os erros como os acertos. Eu acho que com o crescimento gradual de público podemos crescer o número de espetáculos, e sonhar mais alto, com o investimento no resgate de projetos como o da Academia de Ópera Estúdio, podemos sonhar em artistas nacionais cada vez melhores, acho que com mais balés. Não há fórmula. Há tentativa e (algum) erro. 
Sobre a parte de ser “desvinculado dos interesses político-partidários mais imediatos”, eu vejo isso de forma muito pragmática: assim é e ponto! Eu faço meu trabalho da melhor forma que posso e vejo o secretário Ruan Lira, o presidente, meus colegas fazendo o deles. Todos vamos errar em algum momento, e vamos acertar em outros. Assim é. Se a gente entender isso de forma mais clara – e menos passional – talvez possamos produzir mais e melhor.

Obrigado pela entrevista.

 

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