Secretário Lucas Padilha reconheceu a relevância do tema e mencionou a possibilidade de desapropriação de imóveis, da permuta de terrenos ou imóveis com a União e mesmo o investimento privado, como alternativas para viabilizar o projeto
Na tarde da última segunda-feira (22), representantes de importantes instituições ligadas à música de concerto no Rio de Janeiro se reuniram com o secretário municipal de Cultura, Lucas Padilha, e a chefe de gabinete da pasta, Vanessa Leme, para discutir a infraestrutura destinada ao setor na cidade.
Entre os presentes estavam o maestro André Cardoso, diretor artístico da Orquestra Sinfônica da UFRJ e presidente da Academia Brasileira de Música, a violinista Kelly Davis (OSUFRJ), o diretor da Escola de Música da UFRJ, Ronal Silveira, o maestro e professor da Unirio, Guilherme Bernstein, a produtora cultural Isabel Zagury (Orquestra Rio Villarmonica) e o compositor João Guilherme Ripper (Orquestra Sinfônica Brasileira).
Um dos principais pontos abordados foi a necessidade de criação de uma sala de concertos de padrão internacional no Rio, capaz de receber grandes conjuntos sinfônicos locais, nacionais e estrangeiros. Atualmente, o Theatro Municipal atende prioritariamente às demandas próprias de ópera e balé, enquanto a Sala Cecília Meireles se dedica à música de câmara e formações menores. Para os representantes, a ausência de uma sala adequada limita o potencial da cena sinfônica carioca, especialmente em comparação a capitais como São Paulo e Belo Horizonte, que contam com a Sala São Paulo e a Sala Minas Gerais.
Os representantes também reforçaram que a música de concerto não é elitista, destacando projetos sociais que envolvem milhares de jovens em comunidades do estado e lembrando que muitos concertos são oferecidos com ingressos acessíveis ou entrada gratuita.
Padilha reconheceu a importância do tema e apresentou alternativas para viabilizar o projeto, como desapropriação de imóveis, permuta de terrenos ou imóveis com a União e até o investimento privado. O secretário também sinalizou interesse em estudar a criação de um Museu da Música no Rio, destinado a reunir acervos de instituições e compositores brasileiros.
A importância de uma grande sala de concertos para o Rio de Janeiro também foi tema do último encontro Orquestras em pauta, que aprovou uma moção de apoio à proposta. O documento final do evento afirmou que, “ecoando o anseio de todas as orquestras sinfônicas ativas no estado, representadas no Encontro, o Fórum Brasileiro de Ópera, Dança e Música de concerto vem por meio desta moção defender veementemente a construção de uma sala de concertos sinfônicos na capital”.
Uma nova rodada de conversas deve ocorrer no próximo mês, quando as orquestras deverão apresentar números do setor no estado e propostas mais detalhadas sobre os pontos discutidos.

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