Ópera de Malin Bang propõe continuação para ‘O castelo do Barba Azul’, de Bartók

por Redação CONCERTO 25/07/2024

Nos últimos anos, o Theatro Municipal de São Paulo passou a dar atenção à criação contemporânea em sua temporada lírica e, em julho, sobe ao palco mais uma obra que repensa o gênero à luz de questões atuais: Eu, Vulcânica, da compositora sueca Malin Bang (leia mais sobre a compositora aqui).

A peça vai ser apresentada em dobradinha com O castelo de Barba Azul, de Bartók, em um espetáculo batizado de O olhar de Judith, com récitas nos dias 26, 27, 28 e 30. A obra de Bartók é uma das principais óperas do repertório do século XX. Nela, Barba Azul e Judith caminham pelo castelo, abrindo as suas portas – e cada uma delas, ao ser revelada, serve como símbolo do mundo interior de Barba Azul, em um processo de descoberta que leva eventualmente à morte de Judith. 

Em Eu, Vulcânica, Malin Bang se propõe a narrar a história por meio do olhar de Judith, que não teria morrido ao fim da peça de Bartók. Como ela anota, em sua versão, “Judith não quer mais abrir as portas do castelo de Barba-Azul, quer destrancar as suas próprias. Viajando ao subconsciente (ou ao seu próprio castelo), Judith encontra seus medos e desejos e a ópera revela a subjetividade dessa personagem que viveu à sombra e escuridão do marido”. 

A montagem é uma coprodução do Municipal com o Muziektheater Transparant da Bélgica, e é assinada por Wouter Van Looy (direção cênica) e Roberto Minczuk (direção musical). No elenco, estão a mezzo soprano Denise de Freitas e o barítono Hernán Iturralde (Bartók) e, em Eu, Vulcânica, o tenor Flavio Mello e as sopranos Alexandra Büchel e Laiana de Oliveira.

Veja mais detalhes no Roteiro do Site CONCERTO 

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Cena de 'Eu, vulcânica', de Malin Bang [Divulgação/Mats Becker]
Cena de 'Eu, vulcânica', de Malin Bang [Divulgação/Mats Becker]

 

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